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Flordelis ficou assustada com mandados de prisão, diz promotor

Para os investigadores, apesar dela passar imagem de vítima, "não há dúvidas da participação de Flordelis como autora intelectual do crime"

Rio de Janeiro|Ana Beatriz Araújo, do R7*

"Não há dúvidas que Flordelis é a autora intelectual do crime", afirmam investigadores
"Não há dúvidas que Flordelis é a autora intelectual do crime", afirmam investigadores "Não há dúvidas que Flordelis é a autora intelectual do crime", afirmam investigadores

O promotor Sérgio Luiz Lopes Pereira afirmou, em coletiva realizada nesta segunda-feira (24), após a prisão de nove pessoas envolvidas no assassinato do pastor Anderson do Carmo, que a deputada Flordelis ficou assustada com os mandados de prisão.

De acordo com Sérgio Luiz, ela aparentava “estar acostumada” por pensar que se tratava de mais uma busca para reunir elementos que solucionassem o caso. A deputada foi denunciada como a mandante do homicídio do marido.

Filho diz que Flordelis afirmou ter destruído celular de Anderson

Para os investigadores, “não há dúvidas da participação de Flordelis como autora intelectual do crime”. O plano teria sido montado em maio de 2018, em seis tentativas de envenenamento graduais por arsênico nas refeições e se concretizou com a execução de Anderson.

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A motivação do crime seria o descontentamento da parlamentar sobre a forma que o marido geria as finanças e a família. “Separar dele eu não posso, senão vou escandalizar o nome de Deus”, teria dito ela ao conversar com um dos filhos sobre o plano de matar o pastor.

Os investigadores acreditam que ela usava a "imagem de boa moça" para dificultar o trabalho da polícia. Eles apontam que Flordelis queria passar a ideia de mulher vítima, viúva e que cuida dos filhos sozinhas depois da morte do marido.

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Para a polícia, havia uma nítida diferença de tratamento entre os filhos biológicos e afetivos do casal.

“Havia uma geladeira especial para os filhos queridos. O pastor tentava buscar o equilíbrio entre todos, mas a pastora não gostou”, afirmou o delegado Allan Duarte.

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As investigações apontam ainda que, ao assumir o cargo de deputada federal, Flordelis teria contratado um pistoleiro para assassinar o marido. Sua neta, Rayane, teria feito a ponte com o assassino e a esposa teria pago R$ 2 mil.

“Ele só não matou porque Anderson estava acompanhado de outra pessoa que nada tinha a ver com o fato”, disse Allan Duarte.

Além disso, a parlamentar teria escrito uma carta para o filho Lucas copiar e confessar ser o autor dos disparos ordenados por outros dois filhos do casal, Mizael e Ruan. Os últimos teriam sido “punidos” por não concordar com o plano da mãe.

A deputada foi indiciada pelo crime de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, falsidade ideológica, uso de documento falso e organização criminosa majorada.

Apesar de ter sido considerada pelas autoridades como a mandante do crime, não há mandado de prisão contra Flordelis, por causa da imunidade parlamentar. Em nota, o PSD, legenda da qual ela faz parte, informou que vai adotar as medidas de suspensão e que prepara sua expulsão conforme os desdobramentos no caso na Justiça.

*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa

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