Após quase um mês de ocupação, as Forças de Segurança, que atuam sob o comando do interventor federal general Braga Netto, deixarão a comunidade da Vila Kennedy dentro de duas ou três semanas, segundo informações do chefe de comunicação social do Comando Militar do Leste, tenente-coronel Frederico Cinelli.
"Nós não vamos nos retirar de uma maneira abrupta, em definitivo. Vamos continuar prestando apoio ao 14º Batalhão de Polícia Militar (BPM) sempre que necessário", informou o coronel.
Apesar da saída, que deverá ser definitiva, a Polícia Militar permanecerá na comunidade, que tem uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).
Cinelli afirmou também que a saída acontecerá na medida em que a Polícia Militar recupere a sua capacidade para patrulhar aquela área "por si própria". "A Polícia Militar tem, atualmente, uma dificuldade por efetivos e equipamentos para patrulhar área", explicou.
Na segunda-feira (19), em entrevista, o interventor federal na Segurança Pública do Rio, general Braga Netto, disse que "a Vila Kennedy reúne características que a transformaram num 'case' na área de segurança e num projeto-piloto de ação integrada".
A comunidade foi a primeira a receber ações após o decreto de intervenção federal no Rio de Janeiro. De acordo com o interventor, outras regiões devem ser alvo de operações tendo a Vila Kennedy como modelo.
Capacitação
Nesta terça (20), a prefeitura do Rio lançou um programa com cursos de capacitação da Vigilância Sanitária para feirantes e comerciantes da região da Praça Miami, na comunidade. Todos que participarem das aulas vão receber certificados e licenciamento sanitário.
O prefeito Marcelo Crivella também informou que vai abrir uma linha de crédito para quem quiser abrir salão de beleza na comunidade.
*Estagiário do R7 Rio, sob supervisão de PH Rosa