Beleza e competência combinam com o combate ao crime. E a combinação tem representantes de peso no Rio de Janeiro. Estar bem vestida e maquiada são algumas das marcas dessa nova geração de delegadas, que mostram bom desempenho no comando das principais delegacias da região metropolitana do Rio e provam que lugar de mulher também é na polícia. Essas beldades não passam despercebidas pelos marmanjos de plantão, que já criaram até um termo para se referir a elas: "delegatas"
A delegada Talita Carvalho, de 30 anos, lotada na 10ª DP (Botafogo), diz que não descuida da aparência. Pelo cargo que ocupa acha imprescindível estar apresentável sempre. Talita disse que sua rotina de plantonista quase não a deixa fazer academia, mas que, sempre que pode, cuida do corpo.
— Eu sou mulher e tenho que estar com o cabelo em ordem e passar no salão a cada 15 dias para deixar a unha feita. Às vezes, [as pessoas] se surpreendem quando chegam aqui na delegacia, pedem para falar com o delegado e eu apareço. Tiro de letra qualquer saia justa [risos]
A delegada Daniela Terra também não deixa de se cuidar mesmo durante o trabalho. Sempre bem arrumada, ela não dispensa o porta-distintivo cor de rosa para dar um ar mais feminino na DRFA (Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis)
A delegada Marcela Ortiz começou sua carreira na capital fluminense e atualmente está no comando da 126ª DP (Cabo Frio)
Com experiência de mais de 15 anos na Polícia Civil, Monique Vidal comanda a 14ª DP (Leblon). Mãe de dois filhos, a delegada afirma não ver diferença entre homens e mulheres no combate ao crime.
— Sempre trabalhei com homens e mulheres. Pra mim isso não faz diferença. Sou mulher, tenho dois filhos, cachorro, casa e muito trabalho para tomar conta. E dou conta muito bem [risos]
Com um cordão de algemas no pescoço e cabelos compridos, a delegada Flávia Monteiro virou notícia depois de prender o homem conhecido como Pai Bruno, acusado de estelionato e que prometia trazer a pessoa amada em três horas. O crime foi desvendado pela delegada em menos de um dia após a denúncia
Mãe de duas filhas, Flávia adota estilo de vida saudável com exercício físico e dieta balanceada. Além da competência, a beleza da delegada já fez até presos suspirarem
Atualmente na DRCI (Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática), a delegada Renata Araujo é a responsável por chefiar uma equipe que desvenda crimes relacionados a informática e a internet em todo o Rio de Janeiro. Seu trabalho anterior era na Delegacia de Homicídios e, por lá, entre os principais casos comandados por Renata, está o assassinato de uma engenheira da Petrobras na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, e a morte do artista plástico Jorge Selarón
De salto alto e arma na cintura, a delegada Valéria Aragão, lotada na Delegacia de Crimes contra a Propriedade Imaterial, diz acreditar que o fato de ser mulher na polícia pode gerar benefícios.
— Minha equipe nunca me deixa sozinha por um minuto. Às vezes, tenho que me desgarrar, mas quando vejo já tem dois policiais do meu lado. É um privilégio de mulher. Se eu fosse um homem, não seria assim. Fora que as pessoas confiam muito em uma mulher, confiam na disciplina e na sobriedade da mulher
Atualmente, a atriz Rafaela Mandelli, no ar em Vitória, vive uma policial honesta que sofre um dilema ao descobrir que seu pai na trama, o delegado Ramiro (Jonas Bloch), é corrupto. A atriz falou animada sobre sua personagem.
— A gente vai ter bons conflitos e também acho que é um bom momento para ser falar em honestidade na polícia. A minha personagem é corretíssima
Rafaela Mandelli já é veterana ao dar vida a policiais na ficção e contou que se inspirou em belas delegadas do Rio de Janeiro para interpretar a personagem Clarice, da série policial Fora de Controle, exibida em 2012 na Record