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Favela do Metrô: "É limpeza étnico-social", diz defensor que obteve liminar contra demolições

Prefeitura terá que pagar R$ 20 mil a cada casa demolida na comunidade

Rio de Janeiro|Do R7

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A Defensoria Pública entrou com recurso na Justiça do Rio e obteve, na sexta-feira (29), liminar favorecendo os moradores de imóveis na favela do Metrô, localizada na Radial Oeste, zona norte do Rio. A decisão proíbe a prefeitura de fazer novas demolições. Segundo o defensor público João Helvécio de Carvalho, mais de 150 pessoas ainda residem na comunidade, cujo processo de remoção está em curso. Para ele, o ato é uma forma de "limpeza étnico-social". A decisão estabelece que, caso a medida seja descumprida, a prefeitura seja multada em R$ 20 mil por casa demolida. Procurada pelo R7, a prefeitura alegou que não foi notificada oficialmente sobre a liminar. As fotos a seguir foram tiradas nesta sexta após a demolição, na quinta (28), de três imóveis Colaborou Roberta Camargo, do R7 Rio
De acordo com o defensor, que trabalha como coordenador do núcleo de terras e habitação, a prefeitura impõe as demolições e remoções, mas não coloca em prática as obras previstas. No ano passado, o plano era de construção de um Polo Automotivo e área de lazer. Procurada nesta sexta, a prefeitura disse que o projeto está sendo readequado para licitação e ainda não tem prazo para conclusão das obras. A região tem potencial de valorização porque se situa próxima ao estádio do Maracanã e da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) — Esse é um processo de remoção indiscriminada que não tem nenhum outro motivo senão a limpeza étnico-social. É uma ação coordenada para limpar a cidade. Tem vários lugares que eles [a prefeitura] prometem fazer obras, realizam remoções arbitrárias e nada é feito
Carvalho afirmou que agentes da prefeitura colam cartazes nos postes da comunidade intimidando moradores. Essas mesmas notificações seriam entregues a comerciantes da região. — As pessoas ficam assustadas com esse comportamento Segundo a prefeitura, a Seop (Secretaria de Ordem Pública) desconhece qualquer tipo de cartaz ou aviso que intimide os moradores a sair do local. A prefeitura não se manifestou sobre as críticas do promotor
Nesta quinta-feira (28), três prédios foram demolidos no local pela Seop. De acordo com o órgão, as estruturas estavam irregulares e não haveria moradores. Um edifício tinha três andares e, os outros, dois andares. A prefeitura informou que as demolições ocorreram apenas em construções irregulares em área pública, desabitadas, e que apresentaram problemas estruturais constatados por técnicos autorizados pela SMU (Secretaria Municipal de Urbanismo)
Na quarta-feira (27), um ferro velho também foi demolido. Segundo a Seop, a construção estava com o alvará cassado e se localiza em terreno público. A secretaria informou que o o galpão se encontrava em condições estruturais irregulares
Por volta das 17h30 da quinta-feira, moradores fizeram um protesto contra as demolições. Estudantes da Uerj aderiram ao movimento, que terminou em confusão. Policiais militares lançaram bombas de efeito moral contra os manifestantes que tentaram se refugiar na universidade. A entrada da Uerj acabou depredada

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A Defensoria Pública entrou com recurso na Justiça do Rio e obteve, na sexta-feira (29), liminar favorecendo os moradores de imóveis na favela do Metrô, localizada na Radial Oeste, zona norte do Rio. A decisão proíbe a prefeitura de fazer novas demolições. Segundo o defensor público João Helvécio de Carvalho, mais de 150 pessoas ainda residem na comunidade, cujo processo de remoção está em curso. Para ele, o ato é uma forma de "limpeza étnico-social". A decisão estabelece que, caso a medida seja descumprida, a prefeitura seja multada em R$ 20 mil por casa demolida. Procurada pelo R7, a prefeitura alegou que não foi notificada oficialmente sobre a liminar. As fotos a seguir foram tiradas nesta sexta após a demolição, na quinta (28), de três imóveis Colaborou Roberta Camargo, do R7 Rio
De acordo com o defensor, que trabalha como coordenador do núcleo de terras e habitação, a prefeitura impõe as demolições e remoções, mas não coloca em prática as obras previstas. No ano passado, o plano era de construção de um Polo Automotivo e área de lazer. Procurada nesta sexta, a prefeitura disse que o projeto está sendo readequado para licitação e ainda não tem prazo para conclusão das obras. A região tem potencial de valorização porque se situa próxima ao estádio do Maracanã e da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) — Esse é um processo de remoção indiscriminada que não tem nenhum outro motivo senão a limpeza étnico-social. É uma ação coordenada para limpar a cidade. Tem vários lugares que eles [a prefeitura] prometem fazer obras, realizam remoções arbitrárias e nada é feito
Carvalho afirmou que agentes da prefeitura colam cartazes nos postes da comunidade intimidando moradores. Essas mesmas notificações seriam entregues a comerciantes da região. — As pessoas ficam assustadas com esse comportamento Segundo a prefeitura, a Seop (Secretaria de Ordem Pública) desconhece qualquer tipo de cartaz ou aviso que intimide os moradores a sair do local. A prefeitura não se manifestou sobre as críticas do promotor
Nesta quinta-feira (28), três prédios foram demolidos no local pela Seop. De acordo com o órgão, as estruturas estavam irregulares e não haveria moradores. Um edifício tinha três andares e, os outros, dois andares. A prefeitura informou que as demolições ocorreram apenas em construções irregulares em área pública, desabitadas, e que apresentaram problemas estruturais constatados por técnicos autorizados pela SMU (Secretaria Municipal de Urbanismo)
Na quarta-feira (27), um ferro velho também foi demolido. Segundo a Seop, a construção estava com o alvará cassado e se localiza em terreno público. A secretaria informou que o o galpão se encontrava em condições estruturais irregulares
Por volta das 17h30 da quinta-feira, moradores fizeram um protesto contra as demolições. Estudantes da Uerj aderiram ao movimento, que terminou em confusão. Policiais militares lançaram bombas de efeito moral contra os manifestantes que tentaram se refugiar na universidade. A entrada da Uerj acabou depredada

A Defensoria Pública entrou com recurso na Justiça do Rio e obteve, na sexta-feira (29), liminar favorecendo os moradores de imóveis na favela do Metrô, localizada na Radial Oeste, zona norte do Rio. A decisão proíbe a prefeitura de fazer novas demolições. Segundo o defensor público João Helvécio de Carvalho, mais de 150 pessoas ainda residem na comunidade, cujo processo de remoção está em curso. Para ele, o ato é uma forma de "limpeza étnico-social". A decisão estabelece que, caso a medida seja descumprida, a prefeitura seja multada em R$ 20 mil por casa demolida. Procurada pelo R7, a prefeitura alegou que não foi notificada oficialmente sobre a liminar. As fotos a seguir foram tiradas nesta sexta após a demolição, na quinta (28), de três imóveis Colaborou Roberta Camargo, do R7 Rio

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