O namorado de Caroline de Souza, que teria morrido após um aborto em uma clínica clandestina da zona norte do Rio, prestou depoimento na terça-feira (23), em Paraíba do Sul, região central do Estado, onde a jovem morava com a família. De acordo com ele, a namorada entrou em contato duas vezes por meio do aplicativo Whatsapp. Segundo o depoimento, Caroline informou ao namorado que havia chegado à rodoviária Novo Rio e, posteriormente, na clínica, comunicou que a mandaram desligar o celular. Agentes da 21ª DP (Bonsucesso) fizeram novas diligências no bairro e abriram um imóvel, próximo ao que a jovem pode ter se submetido à cirurgia, que também funcionava como clínica clandestina de aborto. Assista à reportagem
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De acordo com a polícia, a tática das quadrilhas especializadas em aborto é manter o imóvel com aparência residencial para não levantar suspeitas. Na clínica, foram encontradas uma maca cirúrgica (foto), soro que era administrado nas pacientes e várias caixas de remédios. Segundo as investigações, o valor da cirurgia variava de acordo com o tempo de gestação. Os abortos ocorriam aos sábados, domingos e feriados. Durante a semana, o local funcionava como clínica normal. Na última segunda-feira (22), policiais
estiveram em uma clínica clandestina em Benfica, zona norte do Rio, onde Caroline pode ter
realizado o aborto. No local, também foram apreendidos equipamentos cirúrgicos,
medicamentos e até um balão de oxigênio. A polícia acredita que as duas clínicas pertençam ao mesmo dono
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Na ultima
sexta-feira (19), Caroline saiu de casa, em Paraíba do Sul, às 4h30 para ir à capital fluminense realizar um aborto. O corpo da vítima foi encontrado, com uma marca de cirurgia cesárea, num matagal em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na noite do mesmo dia em que ela teria feito o procedimento. Para a polícia, a jovem foi levada para o local após morrer na clínica em Benfica. Um laudo
preliminar aponta que Caroline Caroline sofreu uma hemorragia interna. O corpo da jovem foi enterrado em Paraíba do Sul. Na foto, materiais descartados às pressas em clínica encontrados em clínica clandestina em Benfica
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Na casa, a polícia
também encontrou uma lista com recomendações que as mulheres deveriam
seguir após a interrupção da gravidez. Caroline deixou uma
filha de dez anos. De acordo com parentes, apenas a prima dela e o namorado sabiam
da gravidez. O casal se relacionava havia um ano. Caroline estava no quinto mês
de gestação
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No local, foram
encontrados cartões de um médico ginecologista que tem varias anotações
criminais
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Segundo as investigações, o médico Bruno Gomes da Silva, de 84 anos, seria integrante de uma das maiores quadrilhas especializadas em aborto do Rio de Janeiro