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A primeira votação dos projetos do pacote de austeridade do governador Pezão acontece com servidores protestando ao lado de fora da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro). No começo da tarde desta terça-feira (6), policiais militares dispersaram a manifestação com bombas. O entorno da Casa Legislativa se transformou numa praça de guerra, com policiais lançando bombas e manifestantes, fogos de artifício. PMs usaram as janelas igreja de São José para atacar manifestantes. Os servidores fizeram barricadas e atearam fogo em entulhos e pedaços de madeira no meio da rua. Segundo a Alerj, cerca de 30 pessoas foram atendidas no ambulatório da Casa. A maioria teria passado mal por causa do forte cheiro de gás lacrimogênio e do spray de pimenta. Leia mais
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Por meio de nota, a PM informou que manifestantes investiram contra as grades de proteção da Alerj, com lançamento de bombas de fabricação caseira e rojões. Segundo a corporação, essa ação feriu 12 PMs em serviço. Um deles teve um ferimento próximo ao olho, ocasionado pela explosão de um morteiro. Os policiais estão sendo socorridos no ambulatório da Alerj. Veja vídeo
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Vias no entorno da Alerj foram interditadas, como a rua Primeiro de Março, cujo bloqueio aconteceu por volta das 11h. A avenida Rio Branco e a pista lateral da Presidente Vargas, sentido Candelária, também chegaram a ser fechadas, mas foram liberadas por voltas de 15h40. O VLT (Veículo Leve sob Trilhos) chegou a ter a operação interrompida por conta de manifestação próxima às paradas Carioca e Sete de Setembro. Por volta de 15h30, a circulação do transporte foi normalizada
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Por meio de nota, a PM justificou o uso da igreja de São José, vizinha à Alerj, "para coibir a ação de manifestantes violentos no interior e no entorno da igreja. O ponto necessário para conter os manifestantes foi o segundo andar do prédio, que proporcionou a visualização da manifestação aos policiais, através das janelas".
A Arquidiocese do Rio de Janeiro disse que vai apurar a invasão da igreja São José. Em nota, a administração apostólica disse que “em face do contexto atual que marca o Estado do Rio de Janeiro, importa [que] as soluções sejam buscadas através do diálogo e do esforço de todos, em vista da justiça e da paz”Rede Record
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O deputado Eliomar Coelho (Psol) pediu a suspensão da votação em razão do confronto, mas o presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), recusou o pedido. Alguns parlamentares usam máscara dentro da Casa Legislativa por conta do forte cheiro de gás
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Em meio ao confronto entre PMs e servidores, a Alerj aprovou na tarde desta terça os dois primeiros projetos do pacote de ajuste fiscal. Pezão e o vice Francisco Dornelles, além dos secretários e subsecretários, terão os salários reduzidos em 30%. A criação de um modelo de intimação eletrônica para cobranças da Fazenda Estadual também foi aprovada pelo plenário da Alerj.
Os parlamentares também aprovaram hoje duas medidas de cortes de gastos propostas pela Mesa Diretora da Alerj. Com a decisão, fica proibida a realização de sessões solenes à noite, fora do horário de expediente, e será extinta a frota de carros oficiais da Casa Legislativa. Os deputados esperam economizar R$ 26 milhões ao com a aprovação das propostas.Rede Record
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Desde que o governo enviou à Alerj o pacote de medidas para tentar cortar gastos, a Casa Legislativa vem sendo palco de protestos dos servidores.
O calendário de votações das medidas do pacote de Pezão, que terminaria no dia 15, foi antecipado e deve terminar na próxima segunda-feira (12). Os 11 projetos restantes serão votados em três sessões ordinárias e três ordinárias. As emendas propostas pelos deputados serão debatidas em reuniões do colégio de líderes com a presença de representantes de sindicatos.Rede Record