Um dos 11 presos pela operação Nações Unidas, que desarticulou uma quadrilha que traficava toneladas de cocaína escondidas em peixes congelados, o colombiano Alexander Pareja Garcia, de 43 anos, tinha vida de luxo e morava em uma mansão numa das regiões mais badalas do Rio de Janeiro. O condomínio Malibu, localizado na Barra da Tijuca, zona oeste, é famoso por acolher celebridades. O humorista Renato Aragão, o Didi, e o ator e apresentador Luigi Baricelli são duas das muitas estrelas que vivem lá. Leia mais
Um dos traficantes mais procurados do mundo, Garcia foi detido na terça-feira (4), em Minas Gerais. De acordo com a Polícia Federal, ele já havia sido preso em 2007, justamente na mansão carioca. O traficante foi solto um ano depois e voltou a se envolver diretamente com o tráfico de drogas internacional
Acusado também de lavagem de dinheiro do tráfico no Brasil e na Europa, Alexander Pareja Garcia investiu durante muito tempo em postos de gasolina
Todo o dinheiro ganho com o tráfico rendeu ao colombiano outra mansão em um destino caro do Rio de Janeiro. A mansão em Angra dos Reis tem vista para o mar e um vasto jardim
Acusado também de lavagem de dinheiro do tráfico no Brasil e na Europa, Alexander Pareja Garcia investiu durante muito tempo em postos de gasolina
A investigação da Polícia Federal durou cerca de 18 meses. As prisões se dividiram entre Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Segundo a PF, a cocaína vinha da Bolívia e Colômbia e era entregue no Rio Grande do Sul, onde a mercadoria era exportada para a Europa junto com peixes congelados. Ainda de acordo com a polícia, os criminosos teriam criado uma empresa de fachada aonde a mercadoria chegaria a Portugal transportada por aviões comerciais. Para despistar, os criminosos colocavam as pastas da droga junto com os sacos de gelos dos peixes
A operação Nações Unidas, também prendeu outros suspeitos em Portugal e na Suíça e contou com o apoio da DEA (Drug Enforcement Administration) dos Estados Unidos, da Guarda Civil Espanhola e de policiais de Portugal, da Colômbia e do Uruguai
A investigação foi iniciada a partir de informações da polícia espanhola, na qual foi descoberta que um homem estaria no Brasil exportando drogas para a Europa. Através disso, a polícia brasileira conseguiu identificar o esquema e os membros da quadrilha