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Funcionários da SuperVia são chamados para depor após trem passar por cima de corpo no Rio

Irmão de vítima disse que ação foi "negligente" e também deve depor hoje

Rio de Janeiro|

Vídeo mostrou agente autorizando trem a passar por cima de corpo
Vídeo mostrou agente autorizando trem a passar por cima de corpo Vídeo mostrou agente autorizando trem a passar por cima de corpo

A Polícia Civil convocou os funcionários da SuperVia envolvidos no episódio da última terça-feira (28), quando um trem passou por cima do corpo do ambulante Adílio Cabral dos Santos, já atropelado na altura da estação de Madureira, zona norte. Na ocasião, o condutor de uma composição foi "autorizado" a passar por cima do cadáver após a sinalização de outro funcionário.

O irmão da vítima, Élcio Santos Júnior, é esperado na delegacia de Madureira (29ª DP), que investiga o caso, para depor nesta sexta-feira (31). Ontem, ele esteve no Instituto Médico Legal para liberar o corpo do irmão e criticou a ação.

— Achei uma negligência. Muito negligente passar por cima de uma pessoa, mandar passar por cima do corpo de uma pessoa. Porque, também, não era parente dele.

O caso ganhou repercussão depois da divulgação de um vídeo, publicado com exclusividade pelo R7 na última terça, que mostra o movimento autorizado do trem. Primeiramente, a SuperVia havia informado que iria apurar a conduta dos funcionários, que teriam agido de forma incorreta, mas depois divulgou uma nova nota em que tenta justificar a atitude e culpa a falta de isolamento dos trilhos.

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A Polícia Civil explicou que, além dos depoimentos aguardados, já solicitou à SuperVia imagens de câmeras e que agentes realizam diligências em busca de provas. A Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil) emitiu uma nota em que condena a ação da concessionária. "Uma barbaridade, por tratar um corpo como algo descartável", diz o texto.

Já o Procon estadual, ligado à Secretaria de Estado de Proteção e Defesa do Consumidor, abriu uma investigação para apurar a responsabilidade da SuperVia no episódio. A autarquia afirmou que "questiona a SuperVia como a vítima teve acesso à linha férrea" e também quer que a "concessionária descreva o acidente, com base no boletim de ocorrência, informe se há planos e equipes prontas em caso de emergência e confirme se a circulação dos trens realmente foi interrompida em virtude do acidente". O prazo para as respostas da SuperVia é de 15 dias.

Veja o vídeo:

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