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Garçom morto em tiroteio na Tijuca será enterrado nesta segunda

Jovem de 24 anos foi baleado no peito por tiro de fuzil; confronto assustou foliões que participavam de bloco na zona norte do Rio

Rio de Janeiro|Jaqueline Suarez, do R7

Samuel Ferreira foi vítima de bala perdida na Tijuca
Samuel Ferreira foi vítima de bala perdida na Tijuca Samuel Ferreira foi vítima de bala perdida na Tijuca

Será enterrado nesta segunda (29) o corpo do garçom Samuel Ferreira Coelho, de 24 anos, atingido por uma bala perdida durante um tiroteio na Tijuca, zona norte do Rio. Ele trabalhava no Bar do Pinto, na esquina das ruas Conde de Bonfim com Uruguai. O jovem foi atingido no peito por um tiro de fuzil e morreu no local.

Além do rapaz, outras três pessoas foram feridas. O policial Rafael Bernardo, levado para o Hospital do Andaraí, na zona norte do Rio, já recebeu alta, assim como Sérgio Castro, de 52 anos, que deu entrada no Hospital Souza Aguiar, no Centro da cidade. Já o agente Rafael Esteles foi transferido para o HCPM (Hospital Central da Polícia Militar) e o quadro de saúde dele é estável. 

O tiroteio que vitimou Samuel levou pânico aos foliões que participavam do bloco "Não Muda Nem Sai de Cima", que finalizava o desfile na Via. Segundo a Polícia Militar, o confronto teve início após PMs abordarem um veículo com homens armados que seguiriam para o Morro da Formiga. Os suspeitos estavam acompanhados de, pelo menos, mais dois grupos em outros dois veículos. Os criminosos, segundo a polícia, seriam da Rocinha, favela na zona sul da cidade.

A abordagem deu início a uma perseguição e troca de tiros que se estendeu por quase um quilômetro. Quando os veículos acessaram a rua Conde de Bonfim, Samuel que atendia os clientes no calçadão em frente ao bar foi alvejado. O jovem trabalhava no local há cerca de duas semanas cobrindo férias. O corpo do rapaz será enterrado no Cemitério do Catumbi, às 13h desta segunda-feira.

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Rotina de violência

Os casos de violência no bairro e a morte do jovem levaram os moradores da Tijuca a organizarem um protesto para o próximo domingo (4). Nos últimos anos, a região patrulhada pelo 6º BPM viu o crescimento da criminalidade.

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“Revoltante! Jamais um bloco carnavalesco teve que ser disperso de repente, causando desespero e morte, por causa da violência!”, escreveu uma moradora na página oficial do bloco "Não Muda Nem Sai de Cima".

A organização do evento também se manifestou, lamentando o ocorrido.

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“Em 23 anos de bloco, nunca vivemos uma situação como a de ontem: Um grande tiroteio próximo ao nosso desfile. O desespero dos foliões, altamente compreensível, dispersou nosso bloco, que já estava concluindo sua trajetória pelas ruas da Tijuca. E o pior, infelizmente, aconteceu: Mais uma vítima inocente foi alvejada mortalmente. O jovem Samuel era garçom e estava trabalhando, no bar do Pinto, no momento do tiroteio. Estamos de luto e solidários com os amigos e família. A diretoria do “Nem Muda Nem sai de cima” está planejando um evento futuro para não deixar essa tragédia cair no esquecimento e ajudar, de alguma forma, a família do Samuel”.

Apenas nos últimos dois anos, o índice de roubo na região quase dobrou, saltando de 3.612 ocorrências em 2016 para 6.173 casos no ano passado.

Os registros de mortes violentas também apresentam crescimento constante nos últimos três anos. Em 2015 foram registrados 20 casos; em 2016, 42; e no ano passado foram 63 ocorrências.

Queridos foliões e amigos do nosso querido bloco “Nem Muda nem sai de cima”. Infelizmente vivemos tempos difíceis,...

Posted by Bloco Carnavalesco Nem Muda Nem Sai de Cima on Sunday, January 28, 2018

*Sob supervisão de PH Rosa

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