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Governo do RJ afasta secretário de administração penitenciária

Justiça negou recurso do Executivo e manteve decisão de afastar cúpula da Seap por supostas regalias a Sérgio Cabral na cadeia

Rio de Janeiro|Jaqueline Suarez, do R7

Coronel Erir Ribeiro foi afastado após investigações do Ministério Público do Rio
Coronel Erir Ribeiro foi afastado após investigações do Ministério Público do Rio Coronel Erir Ribeiro foi afastado após investigações do Ministério Público do Rio

O Tribunal de Justiça do Rio negou o recurso da Procuradoria-Geral do Estado e manteve a decisão de afastar o secretário estadual de Administração Penitenciária, o coronel Erir Ribeiro. Além dele, outros cinco servidores da pasta também foram afastados. O pedido foi feito pelo Ministério Público Estadual, que investiga supostas regalias concedidas ao ex-governador Sérgio Cabral nos presídios de Bangu, na zona oeste, e de Benfica, zona norte da cidade.

Em nota, o Governo do Estado informou, nesta quarta-feira (24), que o cumpriu a decisão judicial e afastou os funcionários da Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária). O corregedor-geral da pasta, coronel Robson dos Santos Batalha, vai assumir interinamente a Secretaria.

Além do secretário, foram afastados ainda dois diretores e vice-diretores das unidades prisionais de Bangu VIII e Benfica, onde Cabral esteve preso desde novembro de 2016 até semana passada, quando foi transferido para um presídio em Curitiba, à pedido do MP-RJ.

O Afastamento foi pedido no último dia 18, o executivo entrou com recurso, mas a decisão foi mantida pelo desembargador Caetano Ernesto da Fonseca Costa, da 7ª Câmara Cível do TJ-RJ, nesta terça-feira (23). Na decisão, ele refutou o argumento de que a determinação de tirar o secretário e outros servidores dos cargos significaria interferência indevida do Judiciário no Poder Executivo.

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"As irregularidades transformadas em benefícios aos internos Sérgio Cabral e a outros investigados pela Justiça Federal ficaram até aqui suficientemente demonstradas, assim como a aquiescência [conhecimento] da alta administração da Seap e das unidades prisionais identificadas, sempre com aparente dolo, mesmo que eventual, tudo de forma a evidenciar que a permanência dos agentes afastados poderia vir de fato a prejudicar a séria e regular instrução processual", escreveu o desembargador.

Investigação

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Os gestores do sistema penitenciário são acusados de improbidade administrativa por favorecer, dar tratamento diferenciado e conceder regalias ao ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, durante o período em que ele esteve detido no Complexo Penitenciário de Bangu e na Cadeia Pública de Benfica.

Segundo o Ministério Público, o ex-governador desfrutava de visitas fora do horário permitido, podia circular livremente pela unidade e recebia produtos irregulares, como alimentos importados. Os procuradores apuram ainda a instalação de uma cinemateca na cadeia de Benfica, que foi suspensa após investigações do MP.

*Sob supervisão de PH Rosa

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