Uma grávida morreu quatro dias após dar entrada no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, na zona oeste do Rio, com quadro de síndrome respiratória aguda grave e suspeita de tuberculose.
Marcela Vitória, de 19 anos, estava no sétimo mês de gestação. Ela foi encaminhada ao CTI (Centro de Tratamento Intensivo), mas, devido ao comprometimento pulmonar, não resistiu.
O hospital disse, por meio de nota, que não pôde realizar uma cirurgia cesariana de emergência por conta da saúde da paciente e da prematuridade extrema do bebê.
Familiares relataram que durante o pré-natal, na policlínica Newton Bethlem, Marcela teria reclamado de sintomas como falta de ar e dores no corpo.
"Ela reclamava de dor quase todo dia quando vinha da consulta, mas não adiantava. Davam dipirona."
A unidade confirmou ter realizado o acompanhamento de Marcela Vitória. Sobre as queixas da paciente, afirmou que a jovem fez os exames indicados e foi encaminhada a médico especialista, recebendo os cuidados conforme diagnóstico até então.
Em entrevista à Record TV Rio, a mãe da Marcela disse que a filha morreu um dia antes de o hospital entrar em contato com a família.
"Ela morreu no dia 29 e só me deram notícias no dia 30. Eu estava lá, na porta [do hospital]. Fazia todo dia uma oração.”
Ainda sobre o atendimento recebido na unidade de saúde, a mãe informou que os médicos não passavam as informações sobre a filha.
“Os médicos são arrogantes, não te dão notícias e te esquecem do lado de fora.”
Em nota, a direção da unidade informou que durante os dias 29 e 30 de janeiro foram feitas diversas tentativas de contato com a família da paciente, mas ninguém respondeu.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira