O homem que agrediu o Secretário de Ordem Pública do Rio de Janeiro, Alex Costa, na última terça-feira (5), com um tapa no rosto, disse que a prisão dele foi injusta. Eduardo Fauzi falou que "todos os dias guardadores de veículos, camelôs, profissionais, todo dia gente humilde, trabalhadora e honesta toma tapa na cara e ninguém vai preso por isso".
Além disso, Fauzi disse que acredita ser uma vítima de injustiça e que agiu em momento de fúria.
— Estou muito tranquilo, calmo e confiante na Justiça. Então o que eu fiz realmente se foi por um lado equivocado, por outro lado foi diante de uma injustiça tremenda. Fui tomado de uma fúria momentânea, acho que qualquer homem, cidadão de bem e pessoa nesta situação muito possivelmente tomaria a mesma atitude.
Os policiais da Delegacia da Praça da República (4ª DP) prenderam Fauzi no fim da tarde de sexta-feira (8). O suspeito vai responder pelos crimes de lesão corporal, ameaça, desacato, exercício ilegal da profissão e coação no curso do processo.
A agressão física ocorreu na última terça-feira (5), quando o secretário interditou um estacionamento no centro do Rio, que, supostamente, estaria funcionando de maneira irregular. Eduardo Fauzi se apresentou como representante do estabelecimento e aproveitou o momento em que Alex Costa concedia uma entrevista coletiva para atingi-lo com um soco muito forte na lateral do rosto. Naquele dia, o agressor foi levado para a delegacia e acabou liberado após pagar fiança.
No dia seguinte, na quarta-feira (6), os dois se encontraram novamente, quando o secretário voltou ao centro para impedir o funcionamento de mais um estacionamento representado por Fauzi. Naquela ocasião não houve agressão física, mas sobraram agressões verbais e ameaças por parte de Fauzi.
O representante do estacionamento disse que o soco que deu tinha sido pouco e que, se dependesse dele, o secretário apanharia muito mais. Alex Costa decidiu ir à Delegacia da Praça da República para fazer uma segunda representação contra Fauzi (a primeira tinha sido horas após o soco). O secretário já havia anunciado que entraria com uma ação penal por danos morais e calúnia contra Fauzi.
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