Um inspetor da Faetec (Fundação de Apoio à Escola Técnica) de Quintino, na zona norte do Rio, foi preso acusado de pedofilia em Campo Grande, zona oeste. Segundo a polícia, as apurações começaram em Pelotas, no Rio Grande do Sul, ao investigar internautas que portavam e compartilhavam arquivos de pornografia infanto-juvenil.
A Polícia Civil do Rio ainda vai verificar se houve algum tipo de aliciamento dos alunos da unidade, já que o preso oferecia presentes, por meio de créditos em jogos online, para meninos de 14 a 16 anos.
O homem de 56 anos confessou que armazenava e compartilhava as imagens.
"Ele [preso] alega que, durante a pandemia, perdeu os pais, entrou em depressão e acabou se agarrando nessa prática, que é uma prática nefasta... faz uma criança sofrer sérios danos psicológicos no futuro", contou o delegado Adriano França, em entrevista à Record TV Rio.
De acordo com o titular da Dcav (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima), se condenado, o acusado pode pegar pegar até 10 anos de prisão.
Leia também
Em nota, a Faetec informou que repudia qualquer ato relacionado a crimes sexuais e que não há denúncias de ação inapropriada por parte do funcionário. Segundo a instituição, o homem mantinha contato com alunos da rede desde março de 2020, quando as atividades presenciais foram suspensas devido à pandemia.
"A Faetec lamenta profundamente a conduta do colaborador, só tendo conhecimento do fato mediante a prisão do acusado. Diante do caso, o servidor será afastado do cargo e uma sindicância será aberta para apuração da denúncia. A fundação ressalta ainda que esse fato não reflete a idoneidade e a confiabilidade dos funcionários da Rede", diz a nota da instituição.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Ulisses de Oliveira