A investigação sobre a morte em serviço do capitão Uanderson Manoel da Silva, comandante da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Nova Brasília, no Complexo do Alemão, em setembro do ano passado, aponta que a bala que o alvejou debaixo do braço e atravessou seu peito pode ter sido disparada por um policial. As informações são da revista Veja deste sábado (24).
As circunstâncias definitivas de sua morte só serão esclarecidas em uma reprodução simulada, que vai reunir no palco da morte do capitão os PMs presentes na noite do tiroteio. “Mas, pela exaustiva análise já feita da cena, não pairam dúvidas sobre o incômodo desfecho”, diz a reportagem.
De acordo com a revista, o chefe da polícia civil, Fernando Veloso, já levou as informações disponíveis ao secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, “aprofundando a fissura aberta pela recente queda do comandante do Batalhão de Choque e pela prisão dos dois PMs envolvidos no fuzilamento de um estudante”.
O policial militar chegou a ser levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no centro cirúrgico.
Ele estava havia 11 anos na Polícia Militar e trabalhou nos batalhões de Bangu, Duque de Caxias e Irajá, antes de assumir o comando da UPP Nova Brasília, três meses atrás. Uanderson da Silva era era casado e tinha uma filha. Até as 20h30 desta quinta, não havia informações sobre o enterro.
Relembre o caso:
O comandante da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Nova Brasília, Uanderson Manoel da Silva, de 34 anos, morreu no começo da noite de 11 de setembro após ser atingido por um tiro no tórax durante um confronto com suspeitos de tráfico de drogas no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio.
O policial militar chegou a ser levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no centro cirúrgico.
O policimento foi reforçado no Alemão na noite desta quinta e o clima era tenso no conjunto de favelas. Agentes do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) procuravam os responsáveis por balear o comandante.
Ele estava havia 11 anos na Polícia Militar e trabalhou nos batalhões de Bangu, Duque de Caxias e Irajá, antes de assumir o comando da UPP Nova Brasília, três meses atrás. Uanderson da Silva era era casado e tinha uma filha. Até as 20h30 desta quinta, não havia informações sobre o enterro.
Silva foi atingido por volta das 17h30, na localidade conhecida como Largo da Vivi, no segundo tiroteio ocorrido na tarde desta quinta no Alemão. Mais cedo, por volta das 14h30, houve um tiroteio na localidade Campo do Seu Zé.
Segundo a CPP (Coordenadoria de Polícia Pacificadora), os policiais faziam patrulhamento da localidade quando bandidos armados atiraram contra a equipe. Os PMs revidaram e os criminosos fugiram, deixando para trás 58 papelotes de cocaína, dez pedras de crack e duas motos.
Momentos depois do tiroteio, Raian Dias da Rocha, de 20 anos, deu entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Alemão com ferimentos causados por arma de fogo. O jovem foi transferido para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro do Rio. Não há informação se ele tem envolvimento com o tráfico na comunidade.