Quatro testemunhas do caso da paisagista agredida pelo lutador de jiu-jitsu Vinícius Batista Serra na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, em 2019, foram ouvidas nesta segunda-feira (12), em audiência do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro).
Uma das depoentes ouvidas pelo juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, da 3ª Vara Criminal da Capital, foi a delegada Adriana Belém, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca) na ocasião do crime, e responsável pela investigação do caso.
A defesa contestou o depoimento de Adriana, afirmando que ela havia quebrado a imparcialidade ao fazer manifestações pessoais em suas redes sociais contra o denunciado, inclusive participando de uma live onde teria exposto posicionamentos que macularam a imagem do réu.
O magistrado, no entanto, indeferiu o pedido, afirmando que o “posicionamento pessoal da autoridade policial, como era de se esperar, torna-se irrelevante no curso do processo judicial”.
Além da delegada, foram ouvidos dois funcionários do prédio onde a paisagista morava. Os dois abordaram o acusado na saída do edifício após o ocorrido e chamaram a polícia. O policial militar Filipe Amorim Sampaio, primeiro a chegar no local, também prestou depoimento.
A continuação da audiência foi marcada para o próximo dia 29, às 13h, quando serão ouvidas as demais testemunhas e dois peritos.
Relembre o caso
Elaine Caparróz, que tinha 55 anos na ocasião do crime, conheceu o lutador pela internet. Depois de conversarem por cerca de oito meses, marcaram um encontro no apartamento da paisagista, na Barra da Tijuca, em fevereiro de 2019.
Na madrugada, o lutador espancou Elaine por quatro horas. Ela sofreu múltiplas fraturas no rosto, perdeu dentes e levou 40 pontos na boca.
O acusado foi denunciado por tentativa de feminicídio.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira