O TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) determinou que a Cedae apresente um relatório que aponte de forma detalhada o método utilizado para analisar os parâmetros de gosto e odor da água distribuída no Rio de Janeiro. A liminar foi concedida pela 8ª Vara de Fazenda Pública do TJ-RJ.
Um relatório divulgado pela própria companhia detectou que o nível de gosto da água estava acima do normal em pelo menos 20 bairros do município. Segundo o documento, o índice chegou a 8 – o ideal é estar em torno de 6, conforme estabelece o padrão do Ministério da Saúde.
O gosto está relacionado com a presença de geosmina que foi detectado em "níveis muito baixos" na ETA (Estação de Tratamento de Água) do Guandu, em janeiro. A Cedae chegou a interromper por 10h o abastecimento de água para tentar resolver o problema.
Além disso, a liminar do TJ-RJ também determina que a companhia entregue relatórios das ouvidorias sobre falta d'água e potabilidade. A ação foi aberta em 2020, quando também ocorreu problemas com a presença de geosmina.
De acordo com a Justiça, esses documentos foram feitos após os reparos na Elevatória do Lameirão, em dezembro de 2020. Na ocasião, o abastecimento de água foi interrompido e a Cedae estabeleceu um esquema de rodízio entre os bairros para contornar a situação.
Em nota, a companhia afirmou que, até o momento da publicação desta reportagem, não foi intimada a respeito da decisão. No entanto, vai prestar esclarecimentos em juízo dentro dos prazos estabelecidos.
*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa