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Mãe do menino Eduardo afirma que voltará ao Piauí e declara: "Espero que o assassino do meu filho seja punido"

Reconstituição é realizada em etapas; chefe da DH afirmou que trabalho está sendo produtivo

Rio de Janeiro|Do R7

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A mãe de Eduardo de Jesus Ferreira, morto no dia 2 de abril no Complexo do Alemão, zona norte do Rio, afirmou, nesta sexta-feira (17), que aguarda pela punição do autor do disparo. A declaração foi dada por Terezinha Maria de Jesus durante a reprodução simulada do caso no local onde o menino foi baleado.

— Espero que o assassino do meu filho seja punido. Depois das investigações, eu volto para o Piauí. É muito sofrimento. 

Durante a reconstituição, o chefe da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro, delegado Rivaldo Barbosas, disse que uma das nove testemunhas já foi ouvida e que a ação está sendo muito produtiva. 

Já o promotor Romero Freitas, da 23ª PIP (Promotoria de Investigação Penal), declarou que a reprodução vai contribuir muito com o trabalho de quem for fazer a denúncia do caso.

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— Os policiais desciam pelo beco quando o menino foi atingido. Vai dar para verificar, com a reconstituição, o ângulo correto de quando ele foi baleado.

O relações públicas da PM, coronel Marcelo Corbage, informou que a ação será realizada em etapas. A primeira parte deve ocorrer em 2 horas, quando as testemunhas serão ouvidas e a DH vai fazer uma perícia no local. Corbage disse que os dois policiais militares suspeitos de envolvimento estão na comunidade para serem ouvidos. Eles vão participar da reconstituição, assim como os familiares de Eduardo. 

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De acordo com o chefe da DH, a ação conta com 120 policiais, oito delegado, dez peritos e outros agentes que vão auxiliar nos trabalho da especializada. Segundo ele, o número é devido à grande quantidade de trabalho. A polícia afirma que a intenção é recriar o ambiente do momento em que Eduardo foi assassinado. 

Simultaneamente, será realizada a reprodução simulada das mortes de Elizabeth Alves de Moura Franciscoe do capitão Uanderson Manoel da Silva, comandante da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Nova Brasília. Ao menos 22 PMs foram convocados para participar das três reconstituições.

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Segundo o defensor público do caso, Fábio Amado,o depoimento do PM suspeito de ter efetuado o disparo contra o menino apresenta muitas contradições.

Processo

Na quarta-feira (15), a mãe do garoto afirmou que vai processar o líder do AfroReggae, José Júnior, por causa de um texto, divulgado em rede social. Nele, o presidente da ONG diz que Eduardo "era bandido". Ele foi morto com um tiro na cabeça enquanto brincava na porta de casa.

Júnior declarou, na quinta-feira (16), que houve uma “distorção” na mensagem que ele escreveu no Facebook após a morte de Eduardo. O texto divulgado por ele na noite de domingo (12) informava que “esse menino segundo informações era bandido. Provavelmente se fosse bandido poderia ter matado um policial se tivesse oportunidade”.

Na segunda-feira (13), o governador Luiz Fernando Pezão admitiu que a polícia errou na ação em que a criança foi morta.

Relembre os casos

O menino Eduardo de Jesus Ferreira foi baleado quando estava sentando na porta de casa mexendo no celular, no dia 2 de abril, no Complexo do Alemão.

Elizabeth Alves, de 41 anos, morreu um dia antes de Eduardo, quando estava dentro de casa, também no Alemão, e foi atingida no pescoço por uma bala perdida.

O comandante da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Nova Brasília, Uanderson Manoel da Silva, de 34 anos,morreu em setembro do ano passado após ser baleado no tórax durante um confronto com suspeitos de tráfico de drogas na comunidade.

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