Nesta terça (24), residentes do hospital decidiram paralisar as atividades
ReproduçãoResidentes do Hospital Universitário Pedro Ernesto fizeram, no fim da manhã desta quarta-feira (25), uma manifestação em frente ao Palácio Guanabara, em Laranjeiras, zona sul, contra os atrasos nas bolsas. O ato dos estudantes na rua Pinheiro Machado provocou reflexos no trânsito da zona sul e do centro, chegando a avenida Brasil, por volta de 11h40. Segundo o Centro de Operações, a via, que ficou parcialmente interditada, foi liberada por volta das 12h45.
De acordo com o órgão, a manifestação impactou o trânsito na zona sul e no centro, com retenções no túnel Santa Bárbara, viaduto 31 de Março e elevado do Gasômetro. A opção para os motoristas é seguir pela via Binário e túnel Rebouças.
Na tarde de ontem (24), os residentes do hospital decidiram paralisar as atividades e mantiveram apenas 30% do corpo médico em serviço. Em protesto contra os atrasos, o grupo decidiu cruzar os braços até ter um “calendário de pagamentos que dê a eles estabilidade.” Depois de anunciarem a paralisação, os residentes chegaram a ser recebidos pelo governo do Estado.
Segundo o residente Vitor Alvarenga, a paralisação é uma forma de protesto.
— O que enfrentamos agora é o atraso. Nós nos vimos obrigados a paralisar como uma forma de protesto, mas mantivemos 30% do pessoal trabalhando. Nós queremos estabilidade, um calendário fixo.
Caos na Uerj
Além dos problemas no Hospital Universitário Pedro Ernesto, o campus da universidade também sofre com a crise financeira do Estado. Na segunda-feira (23), a reitoria da universidade decidiu interromper as aulas por uma semana. Entre os motivos para a paralisação das aulas, está a insalubridade do local, já que os terceirizados não estão trabalhando após o governo suspender repasses a fornecedores. A situação, segundo a Uerj, afeta a segurança das pessoas e do patrimônio. O retorno das atividades acadêmicas está previsto para o 1º dia de dezembro.
Segundo a estudante Ana Paula dos Santos, a universidade enfrenta problemas há mais de um ano.
— Há mais ou menos uns dois anos a limpeza deixa a desejar. No período passado, a gente passou por problemas de entupimento no encanamento. Estava tudo entupido, inclusive a pia.
Maria do Socorro é uma das auxiliares de serviços gerais que está sem receber.
— Me colocaram de férias, sem nenhum tostão nem pagamento, nem férias, nem nada. Como eu vou trabalhar sem um tostão, sem nada dentro de casa?