A insegurança que ameaça a vida de policiais civis e militares no Rio de Janeiro é tema de uma manifestação na tarde desta sexta-feira (23), em frente à Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro). Apenas este ano, 28 policiais militares foram assassinados e outros 77 foram ficaram feridos. Além de militares, dois agentes da Polícia Civil também perderam a vida em 2018.
Organizado por familiares e amigos de PMs, o ato pretende chamar a atenção pública para o alto número de agentes vítimas da violência no Rio. O grupo cobra ainda condições dignas de trabalho, como melhorias na carga horária, pagamento em dia de hora extra (principalmente para militares que atuam na segurança de eventos), viaturas, coletes, amparo legal e arma de uso individual.
A manifestação acontece a partir das 17h em frente à Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro). O evento, organizado em uma rede social, tem mais de 1.200 pessoas confirmadas.
Na pauta de reivindicação também estão mudanças nas leis. “Precisamos nos unir para debater o Código Penal, criado para uma época onde os crimes e os criminosos tinham outros perfis. É urgente que as leis sejam atualizadas e que as penas sejam cumpridas integralmente, sem concessão de benefícios para casos como homicídio e tráfico de drogas”, escreveu a organização do ato.
O ato é, principalmente, uma homenagem à memória dos 32 policiais enterrados este ano. Entre as vítimas, dois são agentes da Polícia Civil e 30 policiais militares. Diferente da estatística oficial da PM, o grupo contabiliza um policial baleado ano passado e morto, em janeiro deste ano; e também, um policial lotado no Rio, mas assassinado no estado vizinho, no Espírito Santo.
PM ferido na zona norte
Mais cedo, um policial foi baleado durante patrulhamento na comunidade Beco do Anchieta, na zona norte da capital fluminense. Lotado no Batalhão de Irajá (41°BPM), o agente foi socorrido para o Hospital Estadual Carlos Chagas. Seu estado de saúde é estável.
Apenas este ano, ao menos 77 policiais foram feridos em ações violentas no estado, segundo a Polícia Militar. Em média, um PM foi ferido por dia este ano.
Carreta homenageia PM
Pela manhã, uma carreata na avenida Brasil homenageou o soldado Felipe Santos de Mesquita, morto na última quarta-feira (21) em patrulhamento na favela da Rocinha, zona sul do Rio de Janeiro. O grupo saiu de Bonsucesso, zona norte, com destino ao Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, onde o policial foi sepultado.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira