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Milicianos fazem segurança no camelódromo da Uruguaiana, diz polícia

Ação contra pirataria apreendeu produtos e fechou mais de mil boxes

Rio de Janeiro|

Centenas de mercadorias foram apreendidas na Uruguaiana; os 1.100 boxes fechados não poderão funcionar até sexta-feira (10)
Centenas de mercadorias foram apreendidas na Uruguaiana; os 1.100 boxes fechados não poderão funcionar até sexta-feira (10) Centenas de mercadorias foram apreendidas na Uruguaiana; os 1.100 boxes fechados não poderão funcionar até sexta-feira (10)

Centenas de produtos pirateados de grandes marcas internacionais foram apreendidos nesta terça-feira (7) em ação da Delegacia de Repressão a Crimes de Propriedade Imaterial no camelódromo da Rua Uruguaiana, polo de comércio popular do centro do Rio. Além da venda de mercadorias falsificadas e contrabandeadas, há informes sobre o envolvimento de milicianos nas atividades do camelódromo. Segundo a delegada titular da unidade, Valéria Aragão, os milicianos fazem a segurança do camelódromo de forma ilegal. 

— Há 20 anos, esse camelódromo funciona na total informalidade, numa cadeia criminosa que envolve corrupção, contrabando e evasão de divisas.

A investigação também identificou que há pessoas que são donas de até 20 espaços, embora a legislação municipal permita o cadastro de apenas um box por CPF.

— Os comerciantes irregulares usam laranjas e alugam os boxes por valores que chegam a R$ 20 mil.

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Roupas esportivas, tênis e bonés, além de artigos eletrônicos e acessórios para celulares estão entre as mercadorias apreendidas nesta terça. Nenhum dos 1.100 boxes das quadras C e D do camelódromo poderá funcionar até sexta-feira (10), enquanto a operação estiver em andamento. Participam da ação cerca de cem policiais civis, 20 oficiais de justiça e 15 advogados.

Um mapeamento prévio realizado pela polícia em parceria com advogados das marcas pirateadas identificou que ao menos 220 boxes vendem artigos falsificados.

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— É a velha máxima popular do barato que sai caro. São produtos sem qualidade, sem garantia e sem durabilidade.

Os produtos pirateados apreendidos serão recolhidos em caminhões e depois destruídos. A presidente da Associação de Comerciantes da Rua Uruguaiana, Rosalice Rodrigues Oliveira, nega que haja atuação de milicianos e laranjas no camelódromo.

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— A associação tem 16 funcionários de apoio operacional, mas não são seguranças. Aqui tem muita gente correta que não trabalha com produtos ilícitos.

Durante toda a manhã, dezenas de comerciantes se aglomeravam do lado de fora da faixa de isolamento demarcada pelos policiais. Até a saída da estação de metrô Uruguaiana foi fechada por causa da operação — passageiros devem desembarcar nos acessos das ruas Presidentes Vargas ou Senhor dos Passos.

Assista ao vídeo:

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