Adriana Ancelmo pode voltar para cadeia
Alessandro Buzas/Futura Press/Estadão ConteúdoA ministra Maria Thereza de Assis Moura, da 6ª turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça), votou pelo retorno da mulher do ex-governador Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo, à cadeia. A ação corre no âmbito da Operação Calicute, um desdobramento da Lava Jato.
Após o voto da relatora, o ministro Sebastião Reis Júnior pediu vista dos autos, ou seja, mais tempo para analisar o caso.
A ex-primeira dama está em prisão domiciliar desde dezembro de 2017, autorizada pelo ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
A relatora foi contrária ao recurso da defesa que pediu ao STF pela revogação da prisão preventiva ou pela autorização da prisão domiciliar.
Segundo a ministra, a concessão não se justifica, porque a presença da ex-primeira dama não é "absolutamente necessária para a criação dos filhos".
"O TRF2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) consignou que os cuidados com os filhos do casal eram de responsabilidade de outra pessoa, que não era da família, que recebia de R$ 18.000,00 a R$ 21.000,00 por mês para cuidar das crianças em todas suas necessidades, além do que, o casal agora detido realizou dezenas de viagens ao exterior sem a companhia dos menores", declarou.
Em setembro do ano passado, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, condenou Adriana a 18 anos e três meses de prisão em regime fechado por associação criminosa e lavagem de dinheiro. Já Cabral recebeu uma pena de 45 anos.
*Sob supervisão de Bruna Oliveira