Moradores querem retomar vida normal na Rocinha
Record TVMoradores da Rocinha, na zona sul do Rio, estenderam uma faixa com um pedido de volta às aulas na comunidade na manhã desta quarta-feira (27). Em razão dos recentes conflitos na região, o atendimento nas escolas foi prejudicado há mais de uma semana. De acordo com a SME (Secretaria Municipal de Educação), hoje 817 alunos estão sem aulas, já que duas escolas ainda estão fechadas.
Ao todo, a comunidade tem seis escolas, duas creches e um Espaço de Desenvolvimento Infantil, que atendem a mais de 3,3 mil alunos. Desde o início dos conflitos na região, no último dia 17, as unidades só funcionaram um dia.
O cerco dos militares das Forças Armadas à Rocinha entrou no sexto dia. Pela manhã, o clima é de aparente tranquilidade na região. O comércio na parte baixa da favela, próximo à autoestrada Lagoa-Barra, está aberto, com grande o movimento de pessoas nos acessos à comunidade. Nas últimas horas, não houve registro de troca de tiros na Rocinha.
Segundo informações da Polícia Militar, o Batalhão de Choque está na comunidade para uma ação de varredura com objetivo de localizar de armas e drogas. Na noite de terça (26), policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) prenderam um homem com mandado de prisão durante uma abordagem a um caminhão.
Unidades de Saúde
A Secretaria Municipal de Saúde informou que três das cinco unidades de saúde da Rocinha estão fechadas por motivo de segurança. O Centro de Atenção Psicossocial da comunidade, a Clínica da Família Maria do Socorro e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) tiveram o atendimento transferido para a sede da Clínica da Família Rinaldo de Lamare – que fica fora da favela e está funcionando normalmente, assim como o Centro Municipal Albert Sabin. Ao longo do dia serão feitas novas avaliações sobre a possibilidade de reabertura das três unidades, que estão com o atendimento redirecionado.