Dez veículos foram incendiados após confrontos na Cidade Alta
Severino Silva/Agência O DiaO Gaesp (Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro vai investigar a conduta dos policiais militares do batalhão de Olaria (16º BPM), unidade responsável pelo policiamento na comunidade Cidade Alta, durante operação contra o crime organizado, ocorrida na madrugada do dia 2 de maio. À época, uma quadrilha rival de Parada de Lucas tentou tomar os pontos de venda de drogas da Cidade Alta, região considerada estratégica por estar nas proximidades da BR-040 (Rio-Juiz de Fora) e da Avenida Brasil, uma das principais ligações da zona portuária do Rio a zona oeste, com 54 km, de extensão.
A medida tem por base notícias sobre a transferência de nove sargentos do batalhão e áudio informando que um grupo de policiais teria recebido R$ 1 milhão para transportar traficantes de volta à comunidade, dentro do “caveirão” (veículo blindado), na retomada do território.
Entre as primeiras diligências elencadas na portaria de instauração do procedimento investigatório estão o depoimento do comandante do 16º BPM para esclarecimentos.
Os promotores de Justiça Alexandre Themístocles e Eduardo Campos, do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública, requisitaram também as fichas disciplinares dos policiais militares transferidos do batalhão, recentemente, bem como minucioso relatório do emprego de viaturas blindadas da Polícia Militar em operações policiais na Cidade Alta, no período de 1 a 5 de maio de 2017, e indicando os nomes dos integrantes das guarnições.