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27 de Maio de 2016

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Caso Mega-Sena: após absolvição, viúva volta
ao jogo por herança milionária

Adriana Almeida foi inocentada de ser a mandante do assassinato de Renné Senna

Gabriela Pacheco, do R7 | 03/12/2011 às 05h28 | Atualizado em: 03/12/2011 às 10h43
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A viúva da Mega-Sena, Adriana Almeida, inocentada na madrugada deste sábado (3) de ser a mandante do assassinato de Renné Senna, ganhou novas chances de herdar 50% da fortuna estimada hoje em R$ 100 milhões, segundo cálculos da Promotoria.

Caso fosse condenada, ela seria considerada indigna do acesso à herança em processo de disputa com a filha de Renné, Renata Senna, que corre em vara cível. Em testamento de Renné, Renata teria direito à metade do dinheiro, enquanto Adriana receberia a outra metade. Entretanto, a filha de Renné luta na Justiça para ficar com toda a herança. Originalmente, o prêmio, sorteado em 2005, era de R$ 52 milhões.

Adriana recebeu de presente de Renné - morto em janeiro de 2007 em Rio Bonito, na baixada litorânea do Rio - metade de uma fazenda na mesma cidade avaliada em R$ 9 milhões e um carro. Com o dinheiro da vítima, ela também comprou uma cobertura em Arraial do Cabo, à época avaliada em R$ 300 mil.

Tanto o dinheiro do prêmio da Mega-Sena como imóveis vinculados à herança estão bloqueados em razão da disputa judicial. Os recursos estão investidos em poupança.

Julgamento

O julgamento, que durou cinco dias, foi marcado por algumas contradições de Adriana. O principal ponto, e que foi insistentemente repetido pela promotora Priscila Naegele, se refere às ligações telefônicas entre a viúva e Anderson Souza no dia do assassinato, em 7 de janeiro de 2007.

Durante o depoimento, na quinta-feira (1º), Adriana contou que algumas das ligações interceptadas foram feitas por seu pai, que chegou a Rio Bonito instantes depois da morte de Renné. A versão, porém, foi negada pela mãe e irmã da acusada.

No debate desta sexta-feira (2), a defesa de Adriana Almeida afirmou que o Ministério Público não apresentou provas que mostrassem que ela fosse a mandante do assassinato.

 

Assim como a ex-cabeleireira já havia feito na quinta, o advogado Jackson Costa apontou como a responsável pelo crime Renata Senna, filha do milionário, dizendo que ela seria uma pessoa com grande motivação e interesse no crime. Segundo ele, Renné havia suspeitado de que não seria pai de Renata, colocando em xeque a paternidade.

 

- A morte de Renné em muito ajuda a não investigar a paternidade. Além disso, se Adriana for condenada, Renata não aceita voltar para o primeiro testamento. Ela quer ficar com todo o dinheiro.

Jackson Costa também apresentou um documento no qual Renné teria contratado uma firma por R$ 380 mil para verificar a paternidade. No entanto, o documento não foi assinado pelo milionário. O assistente de acusação Marcu Rongoni, advogado de Renata, interferiu na explanação de Costa e disse que qualquer um - no caso Adriana - poderia ter recebido ou procurado tal empresa.

O crime

Renné Senna foi morto a tiros na manhã de 7 de janeiro de 2007, no Bar do Penco, perto de sua propriedade, por dois homens encapuzados, que estavam numa moto. Ele estava sem os seguranças. No dia do enterro, começaram as primeiras suspeitas da família do ex-lavrador contra a viúva, que tinha passado o Réveillon com um amante na região dos Lagos, no Rio.

Renné Senna ficou milionário após ganhar um prêmio de R$ 52 milhões na Mega-Sena. Segundo a promotoria, em valores atuais, o prêmio chegaria a R$ 100 milhões. A defesa de Adriana, no entanto, diz que o valor chegaria a R$ 70 milhões. Os bens foram bloqueados pela Justiça após o assassinato. Entre os imóveis em nome dele estão: uma fazenda em Rio Bonito, uma casa no Recreio dos Bandeirantes, área nobre da zona oeste, e uma cobertura em Arraial do Cabo, região dos lagos. Há ainda uma poupança no valor de R$ 44 milhões.

 

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