Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Onda de roubo de cargas no Rio: "A gente não tem certeza se volta para casa", desabafa motorista

Via Dutra concentra a maior parte dos ataques, na altura da Pavuna, zona norte do Rio

Rio de Janeiro|Do R7, com Cidade Alerta RJ

De janeiro a agosto deste ano, mais de 5.600 cargas foram roubadas no Estado do Rio de Janeiro e, só no mês passado, houve um aumento de quase 58%. A rodovia Presidente Dutra é o local onde acontece a maioria dos ataques. Os criminosos agem principalmente no km 166, na altura da Pavuna, zona norte da capital.

A região é considerada rota de fuga para as comunidades do Chapadão, Pedreira, Costa Barros e Barros Filho. As cargas roubadas são levadas para a área dominada pelo tráfico de drogas.

No último final de semana, um caminhão carregado de produtos eletrônicos foi cercado por bandidos armados de fuzis. Dois veículos que faziam a escolta também foram bloqueados. Dois agentes tiveram que deitar no chão e outros dois foram colocados no porta-malas de um dos carros do bando. O motorista foi obrigado a seguir os criminosos até a comunidade, onde a carga seria retirada. Houve perseguição policial e troca de tiros. Os seguranças e o motorista acabaram libertados.

Quem mais sofre com o alto índice de roubos no Rio são os motoristas. Caminhoneiros relatam tentativas de assalto e sequestro. Por medo, muitos profissionais têm evitado as estradas e vias do Rio. O crime, de difícil combate, faz vítimas em todos os segmentos do transporte de cargas. Não só as empresas sofrem prejuízos irreparáveis, como muitos pais de famílias saem de casa para trabalhar e não sabem se voltarão, conforme relata um motorista (assista à reportagem abaixo).

Publicidade

— Ganho o pão de cada dia com dificuldade, com medo. Saiu para vir para o Rio é medo. Todo dia é assalto, a gente sai para trabalhar e a família fica apavorada, porque a gente não tem certeza se volta para casa.

Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), os criminosos costumam agir em bandos, com armas de longo alcance e, às vezes, em mais de um veículo. Além de atuarem com violência, muitas vezes acabam sequestrando os motoristas e, até mesmo, as equipes de escolta até o local onde a mercadoria será descarregada, geralmente em uma comunidade próxima. As cargas são roubadas já visando a venda e a distribuição lucrativa de produtos, como cigarros ou eletrônicos.

Publicidade

A corporação também afirma que procura reforçar o policiamento na rodovia com as equipes táticas que atuam com motocicletas para dar mais mobilidade e diminuir a ocorrência de roubos a carga.

Assista à reportagem:

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.