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Petroleiros e movimentos sociais fazem ato no Rio em defesa da Petrobras

Segundo sindicalista, mais de 600 mil pessoas podem perder o emprego até meados de 2015

Rio de Janeiro|Da Agência Brasil

Trabalhadores da Refinaria de Duque Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, fizeram nesta sexta-feira (13) uma paralisação de quatro horas em defesa da Petrobras. Entre 5h e 9h, petroleiros, movimentos sociais e estudantes protestaram em frente à unidade, contra o anúncio de desinvestimento (venda de ativos) de US$ 13,7 bilhões da estatal e que provocará desemprego no País, na avaliação do sindicato da categoria.

Simão Zanardi, presidente do Sindpetro (Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias), estima que o desinvestimento anunciado na semana passada desempregará cerca de 600 mil pessoas até meados de 2015. Se a meta da venda de bens for cumprida, a estimativa dele é que 1,5 milhão de trabalhadores diretos e indiretos da companhia ficarão sem emprego.

— A Petrobras investe cerca de R$ 300 milhões por dia no País, se ela para, teremos demissões em cadeia.

No Rio de Janeiro, a maioria dos atingidos são do setor naval ou metalúrgicos desligados do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro). Segundo Zanardi, entre os funcionários há a informação de que o Comperj será desativado até 2021. A estatal, procurada pela reportagem, não confirma essa intenção.

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— Desinvestimento é privatização. A empresa está deixando de investir no Brasil. Já mandou dois navios para [serem construídos por trabalhadores em] Cingapura.

Segundo os organizadores, o protesto reuniu o MPA (Movimento de Pequenos Agricultores), MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), Levante da Juventude, estudantes secundaristas e o Centro Acadêmico de Engenharia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

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O plano de desinvestimento da Petrobras prevê a venda de bens nas áreas de exploração e produção no Brasil e no exterior, abastecimento e gás e energia. A companhia enfrenta alta no endividamento e tenta preservar o caixa e garantir investimentos prioritários.

Com o corte de gastos, o Sindpetro prevê a venda de navios da Transpetro, de refinarias e até de plataformas da estatal.

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— Não acreditamos em desinvestimento para salvar a companhia, mas em mais investimento para recuperar o crescimento.

Com o fim do protesto em Duque de Caxias, os petroleiros e os ativistas se organizam para participar de ato em defesa da Petrobras no centro do Rio na tarde desta sexta.

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