Um policial militar foi preso nesta segunda-feira (4) no Rio de Janeiro por suspeita de integrar uma quadrilha que aplicava o golpe do falso sequestro por meio de telefonemas. Com Jorge Luiz Rodrigues, a Polícia Civil encontrou um revólver sem procedência comprovada e um carro roubado.
Outras 31 pessoas foram presas na megaoperação que tinha objetivo de cumprir 36 mandados de prisão e quatro de busca e apreensão. Dez mulheres foram presas. Há ainda o envolvimento de cinco presos da Penitenciária Lemos de Brito, que faziam as ligações. A investigação da Polícia Civil começou há cerca de um ano.
A ação foi comandada pelo delegado Júlio da Silva Filho, da Delegacia de Nova Iguaçu (52ª DP). Os crimes eram praticados na capital, na Baixada Fluminense, no interior e em em outros Estados. O delegado Silva Filho informou que a operação é resultado de mais de um ano de investigações e foi desencadeada a partir de denúncias de São Paulo, também alvo da quadrilha.
— A operação é resultado de uma investigação que envolve extorsão na modalidade de falso sequestro, por meio de contato telefônico, com exigência de depósito bancário. Tinha também um grupo que liberava suas contas bancárias para levar vantagem do dinheiro recebido dos falsos sequestros.
Segundo o delegado, a quadrilha escolhia aleatoriamente um número de telefone em busca de vítimas. O valor de resgate chegava a R$ 35 mil.