Os dois policiais militares acusados de matar um adolescente de 14 anos decidiram se calar durante o interrogatório realizado na tarde desta quarta-feira (11). Fábio Magalhães Ferreira e Vinicius Lima Vieira teriam matado e ocultado o cadáver do adolescente na estrada do Sumaré, no Parque Nacional da Tijuca, zona norte do Rio.
A audiência foi realizada na Auditoria da Justiça Militar do TJRJ (Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro). A juíza Ana Paula Monte Barros marcou uma nova audiência para o dia 31 de março para ouvir testemunhas.
Na ocasião do crime, Ferreira e Vieira teriam apreendido três meninos na avenida Presidente Vargas, no centro do Rio e levado ao Sumaré. Além do adolescente morto, um teria sido liberado e o outro teria sido baleado e fingido a morte. O corpo de Matheus, alvejado por dois tiros de fuzil, foi encontrado pelo pai, após uma semana de buscas.
Relembre o caso
Segundo o jovem que sobreviveu, os dois foram abordados no centro da cidade e levados para o Sumaré. No local, os PMs teriam torturado os rapazes, atirado contra eles e os jogado de cima de um barranco.
De acordo com familiares, o menor sobreviveu porque fingiu estar morto. Quando teve certeza que os policiais haviam saído do local, ele pediu ajuda. O menor criou coragem e decidiu denunciar à Polícia a tortura e a morte do colega, identificado apenas como Matheus.
Os PMs foram identificados com pelas câmeras da viatura. O trajeto percorrido por eles foi rastreado pelo GPS, que revelou que o veículo, de fato, saiu do centro do Rio em direção ao morro do Sumaré.
Um vídeo divulgado pela Polícia Militar mostra a apreensão dos jovens. Nas imagens é possível ver que o adolescente liberado recebeu carona dos PMs.
Assista ao vídeo: