A Divisão de Homicídios da Capital apreendeu nesta sexta (1º) as duas pistolas e o fuzil utilizados por policiais militares da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Borel durante a ação que deixou um adolescente de 16 anos morto na comunidade. Segundo o delegado Fábio Cardoso, o objetivo é fazer um encontro balístico caso seja encontrado um projétil durante a perícia no corpo de Jhonata Dalber Matos Alves.
— Segundo eles, teria ocorrido troca de tiros. E o Jhonata seria um deles. A DH está investigando se houve confronto e se o Jhonata integrava esse grupo.
Segundo a mãe do jovem, ele tinha saído de casa na noite de quinta (30) para ir à casa da tia pegar um saco de pipoca. A tia do jovem, Luciana Caldeira, disse que o saco de milho foi confundido com um saco de drogas.
— Ele foi buscar o saquinho de pipoca, quando ele vinha descendo, o policial confundiu o saco de pipoca com drogas. Como isso pode acontecer?
A mãe dele, Janaína Alves, disse que não havia nenhum confronto naquela hora. A família diz que o adolescente estava acompanhado de um amigo. Antônio Alves, avô da vítima, disse que a família foi avisada pelo colega, que disse ter implorado para não morrer também.
— Esse colega tava junto falou que teve que cair no chão, levantar as mãos e pedir, pelo amor de Deus, para não matar ele.
Após a morte do adolescente, dois ônibus foram depredados e o policiamento foi reforçado pelo Batalhão de Choque.