Ao menos 14 pessoas foram presas, na manhã desta terça-feira (15), durante operação conjunta do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e Polícia Civil contra uma quadrilha de traficantes que seria responsável pelo roubo de cargas e motos na Baixada Fluminense. Coordenada pela DCOD (Delegacia de Combate às Drogas), a ação conta também com apoio da delegacia de Queimados (55ª DP) e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado).
De acordo com a Polícia Civil, a Operação Metástase II é um desdobramento de inquérito que investiga uma organização criminosa com conexões nas comunidades Parque União e Nova Holanda, no Complexo da Maré, zona norte da capital.
Felipe Curi, delegado titular da DCOD, diz que a investigação dura um ano e aponta que criminosos agiam aliciando menores e mulheres para agir junto com eles.
— Identificamos que a estratégia deles era usar menores tanto para a venda de drogas como para enfrentar a polícia. Os criminosos passaram ainda a cooptar pessoas sem anotações criminais, principalmente mulheres, que serviam para fazer o transporte das drogas e armas entre as comunidades do Rio para a baixada.
Nas investigações, os agentes identificaram que a quadrilha atuava em dois pontos: na praia de Mauá, em Magé, e o núcleo do Complexo da Maré, que atuava em parceria com traficantes de Caxias. O grupo de Magé era responsável pelo trafico local e fornecimento de armas e drogas. Já o da zona norte carioca roubava motos importadas.
Os investigadores também identificaram três suspeitos de matar o atleta de handebol George Felipe da Silva Pereira, durante uma tentativa de roubo de moto em Duque de Caxias.
De acordo com a polícia, os indiciados vão responder por tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte ilegal de armas, homicídio e outros crimes que, somados, passam dos 30 anos de prisão.