A reprodução simulada da morte da designer de interiores Kathlen Romeu, de 24 anos, que aconteceu em 8 de junho deste ano no Complexo do Lins, na zona norte do Rio de Janeiro, será realizada na tarde desta quarta-feira (14).
A reconstituição contará com a presença das equipes da DHC (Delegacia de Homicídios da Capital), da avó de Kathlen, que estava com ela no momento do disparo, e também dos policiais militares que participaram da ação.
Desde a morte da jovem, testemunhas e a avó da vítima seguem afirmando que não havia confronto entre policiais e criminosos no momento em que Kathlen foi atingida.
Já a Polícia Militar afirma que os agentes da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do Lins estavam em patrulhamento e atiraram na direção de criminosos que dispararam contra os agentes. Doze policiais envolvidos na ação foram afastados temporariamente. Os investigadores também pretendem apurar o motivo pelo qual os policiais teriam recolhido do local, no dia do crime, estojos de munições deflagradas na ação.
Em depoimento, um dos agentes afirmou ter disparado cinco vezes contra bandidos na localidade conhecida como Beco 14, além de um colega ter efetuado dois disparos. O PM afirmou não ter visto Kathlen durante o tiroteio.
Além da Polícia Civil, as investigações do caso ocorrem em paralelo no MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e na Polícia Militar. No último dia 29, os parentes de Kathlen Romeu foram ouvidos pelo MP-RJ.
O laudo do IML (Instituto Médico Legal) apontou que Kathlen morreu após ter sido atingida por um tiro de fuzil no tórax. O projétil não ficou alojado. A informação foi confirmada pela Polícia Civil. A jovem estava no terceiro mês de gestação.
*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa