O policiais militares que socorreram quatro pessoas da mesma família baleadas na avenida Brasil, durante uma perseguição no último domingo (25), vão ser ouvidos nesta quinta-feira (29), na Delegacia de Bonsucesso (21ª DP). Segundo o delegado Wellington Vieira, além dos agentes do batalhão de Choque, duas das vítimas também vão ser ouvidas nesta tarde.
Em entrevista a Rede Record, o motorista do carro atingido pelos tiros dos PMs afirmou que, mesmo depois de ter estacionado, acendido as luzes e saído do veículo, os policiais continuaram atirando. Das sete pessoas que estavam na caminhonete, quatro foram baleadas. Os policiais prestaram depoimento na 21ª DP e suas armas vão ser periciadas. Foram apreendidas duas pistolas e dois fuzis.
De acordo com o motorista, que voltada de São Paulo com a família, seu compadre foi baleado quando já estava deitado no chão. Ele não quis se identificar.
— Quando eles começaram a dar tiros, me esposa me avisou e eu joguei o carro para a calcada. Acendi a luz, parei o carro, abaixei o vidro e saí, dizendo que só tinha família. Meu compadre,quando ouviu os tiros, se jogou no chão e deram tiros nas pernas dele com ele já no chão. Ele estava fora do carro.
A Rede Record teve acesso ao primeiro depoimento dos policiais do Batalhão do Choque que testemunharam o ataque. Eles estavam na pista sentido zona oeste e viram os policiais militares atacando o carro da família, quando gritaram para eles pararem de atirar.
Na segunda-feira (26), a polícia civil recolheu imagens das câmeras de segurança do comércio da região. O estado de saúde dos quatro feridos continuava estável e eles estão em observação no Hospital Federal de Bonsucesso. Edileide Freire de Luna Ribeiro, de 33 anos teve sua internação transferida para um hospital particular.