Fernando Iggnácio foi morto em 10 de novembro
Reprodução/ RecordTV RioUm policial militar de São Paulo é o quarto suspeito de participar do assassinato do contraventor Fernando Iggnácio, genro de Castor de Andrade, no Rio de Janeiro.
O último a ser identificado é Otto Samuel D'Onofre, policial militar de São Paulo. Otto é irmão de outro suspeito: Pedro Emanuel D'Onofre, ex-policial militar expulso da corporação do Rio de Janeiro.
O mandante do crime contratou três policiais militares e um matador de aluguel, que usaram armas de grosso calibre e camuflagem para executar o serviço.
O terceiro foragido é Rodrigo das Neves, policial militar de um batalhão no centro do Rio. As armas do crime foram encontradas na casa da namorada dele.
O outro suspeito, Ygor Rodrigues Santos da Cruz, conhecido como Farofa, é o único que não trabalhou como agente de segurança. Segundo a polícia, ele é um matador de aluguel e teria envolvimento com grupo de milicianos. Os quatro estão com a prisão decretada e entraram na lista de procurados da polícia.
Rodrigo das Neves chegou a trabalhar no primeiro turno das eleições, cinco dias depois do crime. Desde então, não apareceu mais e está prestes a responder por crime de deserção, segundo o código penal militar.
Já o policial militar de São Paulo é considerado pela corporação um desertor. A reportagem apurou que Otto D'Onofre tem um histórico de indisciplina. Nos últimos meses, apresentou três atestados para se afastar do trabalho alegando que estava com covid-19. O último deles, assinado por um médico do Rio de Janeiro. As datas da licença coincidem com o dia do crime.
Policiais foram até o apartamento de Otto e encontraram uma mochila com o endereço do Batalhão da Lapa, onde ele trabalhava. Dentro da bolsa estavam farda, coturno e a arma dele. Os investigadores suspeitam que Otto fugiu do país.
O advogado do policial Neves pediu à justiça o acesso ao inquérito e avisou que, por enquanto, o cliente não vai se entregar.
O contraventor Fernando Iggnácio, genro de Castor de Andrade, foi assassinado com tiros de fuzil. A polícia ainda não descobriu o mandante, nem o motivo do crime. Desde a morte de castor, em 1997, vários crimes tiraram a vida de familiares dele. Fernando Iggnácio é o caso mais recente.