O soldado Igor Costa Martins, de 28 anos, recorre da decisão que o expulsou da Polícia Militar na sexta-feira (16). Martins foi punido com a expulsão após fazer comentários numa rede social no dia 16 de fevereiro de 2014 sobre o tiro que foi disparado na Rocinha, zona sul do Rio, contra o coronel Frederico Caldas, comandante das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) na época. O soldado afirma que foi mal interpretado.
— Minha intenção com o comentário era dizer que o coronel sendo vítima poderia ver que não está pacificado e que os criminosos não respeitam ninguém. Quando eu vi a má repercussão, apaguei o comentário, mas já haviam enviado para o grupo dos comandantes das UPPs.
Martins era lotado na UPP do Lins, e também denuncia que após instaurado o procedimento interno para averiguar os fatos, deveria ter sido transferido para um batalhão da Polícia Militar, o que não ocorreu. No processo de expulsão, o soldado afirma que as provas de defesa nem foram analisadas. Martins acredita que tenha mexido com a vaidade dos envolvidos na história.
A PM considerou que Martins desrespeitou um comandante. O soldado agora espera uma nova análise do caso e uma reconsideração da expulsão.
— Estou há quase dois anos na PM. Minha conduta é boa, já realizei prisões. Dentro da PM tem situações piores que as minhas e as punições não são tão graves. Talvez eu tenha sido imaturo, mas só isso.
Após o pedido de reconsideração da expulsão, a Polícia Militar tem cinco dias para analisar o pedido do soldado.