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Policial que admitiu ter atirado contra jovens no Dendê não será afastado durante investigações

Segundo agente, vítimas estavam com pistolas; armas foram apreendidas pela polícia

Rio de Janeiro|Do R7

Wanderson e Gilson foram mortos no Dendê
Wanderson e Gilson foram mortos no Dendê Wanderson e Gilson foram mortos no Dendê

A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que o agente que admitiu ter atirado contra dois jovens durante uma operação no morro do Dendê, na Ilha do Governador, zona norte do Rio, na última terça-feira (19), não será afastado de suas funções durante as investigações.

Wanderson Martins, de 23 anos, e o adolescente Gilson Santos, de 13 anos, morreram após terem sido baleados durante a ação que tinha como objetivo apreender caça-níqueis e cumprir mandados de busca e apreensão.

Segundo o policial civil, os jovens estavam com pistolas. Segundo o agente contou em depoimento à polícia, as vítimas teriam atirado contra ele. As duas armas foram apreendidas pela polícia e encaminhadas para perícia.

Uma parente de uma das vítimas contou que o policial atirou contra os meninos (leia o relato).O helicóptero da Polícia Civil teria informado ao agente a localização dos jovens. Para o presidente da associação de moradores do morro do Dendê, Nilton Alves, "não há como distinguir trabalhador ou traficante de um helicóptero". 

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— A gente sempre valoriza o trabalho da polícia, mas essa operação não deu certo. Não há como distinguir trabalhador ou traficante de um helicóptero. Os mortos não tinham envolvimento nenhum [com o tráfico].

Na tarde de hoje, a assessoria da Polícia Civil não sabia dizer se os jovens mortos tinham passagem pela polícia. De acordo com os investigadores, essa informação ainda está sendo checada.

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Para o cientista político, João Trajano Semto-Sé, do Laboratório da Análise da Violência da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), um agente envolvido em ação que culminou em morte deveria permanecer afastado de ações operacionais enquanto o caso estivesse em apuração.

A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso. Os policiais envolvidos na ocorrência já foram ouvidos e as armas foram apreendidas para confronto balístico. Os parentes das vítimas estão sendo chamados para prestar depoimento.

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