Um policial civil se infiltrou numa casa de prostituição em Maricá, no litoral do Rio, para investigar o funcionamento da casa. Com uma câmera escondida, o agente flagrou uma adolescente de 15 anos sendo explorada sexualmente. O dono do estabelecimento, Gilberto Carlos Silva Ermida, de 47 anos, foi preso em flagrante na madrugada desta sexta (29).
O galpão se localizava em uma rua deserta, na entrada do município, e não havia comércio por perto. As poucas casas ficavam longe do galpão, o que dificultou a localização pelos policiais.
Na sede da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), Ermida deu duas versões diferentes sobre o funcionamento da casa. Segundo o titular Pablo Sartori, ele afirmou que alugava apenas um quarto no galpão. Depois, disse que a adolescente mentiu a idade para ele.
— As duas versões foram facilmente contestadas.
Sartori conta que o funcionamento da casa era planejado completamente por Ermida. Ele recebia os clientes e, caso houvesse interesse, o pagamento prévio era feita diretamente ao aliciador. Ao final do programa, ele repassava uma pequena quantidade às jovens exploradas.
Em depoimento, a menina de 15 anos informou que estava no local há três meses, sem o conhecimento dos pais. Ermida será indiciado pelo crime de exploração sexual de crianças e adolescentes, e a pena pode chegar a 10 anos de cadeia. O delegado afirma que as investigações irão continuar para localizar outras casas de prostituição similares na região.
— Existem pessoas que trabalham fazendo aliciamento dessas adolescentes dentro de comunidades carentes, porque elas são mais vulneráveis por questões financeiras, por questões educacionais e todo um contexto social. Aí ele convence ela a uma suposta vida financeiramente mais positiva.
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