O Procon-RJ deve autuar a CEG, empresa de distribuição de gás natural, após a explosão de um prédio em Fazenda Botafogo, zona norte do Rio, na manhã desta terça-feira (5). Segundo o Corpo de Bombeiros, cinco pessoas morreram e nove ficaram feridas no acidente. O órgão de defesa do consumidor abriu uma investigação para apurar a responsabilidade da CEG na explosão.
Segundo a Defesa Civil, o acidente pode ter sido provocado pelo vazamento de uma tubulação da empresa de distribuição. O Procon pediu aos bombeiros informações técnicas sobre o acidente. Ainda de acordo com o órgão, o Código de Defesa do Consumidor estabelece que a empresa deve responder por pela reparação dos danos causados aos consumidores.
A CEG tem 15 dias para apresentar defesa ao Procon, caso contrário, a concessionária pode ser autuada.
Explosão e mortes
A explosão aconteceu em um prédio próximo à passarela 28 da avenida Brasil, no início da manhã. Bombeiros dos quartéis de Irajá, Campinho, Parada de Lucas e Ricardo de Albuquerque foram acionados para ajudar a resgatar as vítimas. Informações preliminares diziam que, além dos mortos, 13 pessoas haviam se ferido, mas os Bombeiros atualizaram o número no fim da manhã, para 14 vítimas no total, incluindo as vítimas mortas.
Segundo moradores informaram à Record Rio, há duas semanas houve um vazamento de gás e a CEG, concessionária de gás, esteve no local para verificar e não constatou problemas. Nesta manhã, os moradores do conjunto habitacional acordaram com o forte estrondo. A suspeita é de que a explosão tenha ocorrido em uma tubulação da empresa que fica embaixo do prédio.
De acordo com a Defesa Civil, a explosão não afetou a coluna de sustentação do prédio de cinco andares, apenas paredes e o teto. Agentes fazem perícia dentro do edifício, que foi evacuado. Segundo o secretário de Defesa Civil, Márcio Mota, não há previsão de quando os moradores poderão retornar.
As vítimas foram socorridas para os hospitais Albert Schweitzer, Carlos Chagas e Getúlio Vargas. Dos mortos, três morreram no local e dois morreram a caminho do hospital.
Empresa apura causas
Em nota, a CEG informou que “lamenta e expressa sua solidariedade com as famílias. Neste momento, a empresa tem equipes e supervisores trabalhando no local em conjunto com a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros. Logo após o acidente, o fornecimento de gás foi interrompido por medida de segurança.
Nossos técnicos estão colaborando com as autoridades na apuração das causas do acidente. Por hora, qualquer informação é prematura, pois dos 40 apartamentos do bloco apenas 19 são abastecidos pelo gás natural fornecido pela Ceg, o que dificulta a identificação da origem da explosão.
Em relação aos chamados feitos pelos moradores relatando cheiro de gás, a Ceg efetivamente prestou atendimento. Esteve no local sempre que foi solicitada e prontamente sanou os vazamentos quando encontrados. Todos os procedimentos e normativas técnicas padrão de segurança foram rigorosamente seguidos e implementados. No dia 21 de dezembro de 2015, foi feita uma varredura na rede de gás e não foi encontrada nenhuma anomalia”.