Professores cobram acordo firmado em 2016
ReproduçãoOs professores da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) se reunirão nesta terça-feira (29) com o deputado Edson Albertassi (PMDB), líder do Governo na Alerj, para discutir a aplicação das alterações aprovadas pela casa em julho de 2016 em relação ao plano de carreiras da universidade. À época, a categoria concordou em encerrar a sua greve, que já durava quatro meses, caso o governo criasse quatro níveis de progressão para três categorias de docentes e reduzisse de três para dois anos o tempo exigido para a promoção dos técnicos. Também ficou acordado que um grupo de trabalho fosse criado para estudar a questão da incorporação da remuneração por Dedicação Exclusiva e o plano de carreiras dos profissionais.
No entanto, um ano após a negociação, os docentes da universidade já passaram por mais uma greve e quase seis meses de atividades suspensas na instituição, e a promessa feita pelo governo não foi cumprida. Lia Rocha, presidente da Asduerj (Associação dos Docentes da Uerj), informou que o encontro tem o objetivo de pressionar o deputado Edson Albertassi, que é o líder da bancada governista. Nossa redação tentou entrar em contrato com a assessoria do parlamentar, mas não foi atendida.
A greve acabou, mas o clima na universidade é de incerteza
Nesta quarta-feira (30), os professores da universidade se reunirão em um ato unificado com servidores da sáude às 16h na Candelária, centro do Rio. Eles também paralisarão por 24 horas e farão assembleia na parte da manhã para discutir os rumos do movimento. Segundo a presidente da Asduerj (Associação dos Docentes da Uerj), Lia Rocha, a categoria segue aguardando o pagamento do 13º de 2016. Ela disse também que o clima na universidade é de instabilidade. Lia informou que a SECTDS (Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Social) e a Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) foram procuradas diversas vezes pela Asduerj e que não houve nenhum retorno.
Procuradas pelo R7, a SECTDS afirmou que “que se empenhou em normalizar os pagamentos dos servidores e funcionários da Uerj, e que segue comprometida em regularizar todo o custeio da unidade.” Ela ressaltou também que a previsão para novos repasses depende da regularização da folha de pagamentos e da entrada em vigor do regime de recuperação fiscal. Já a Sefaz alegou que o pagamento do 13º salário para todo o funcionalismo público que ainda não recebeu será feito assim que ingressar o recurso de até R$ 3,5 bilhões da operação de crédito lastreada nas ações da Cedae.
A Sefaz informou ainda que aposentados e pensionistas da Uerj, e demais carreiras de todo o Estado, que recebem até R$ 3.200 bruto tiveram o 13° salário de 2016 depositado em março deste ano. Além disso, a secretaria afirmou que “os esforços estão concentrados para que o pagamento dos salários de agosto seja efetuado no 10º dia útil, conforme determina o calendário oficial do estado” e finalizou destacando que para que os salários caiam na data prevista também é necessário que o Regime de Recuperação Fiscal seja homologado.
*Colaborou Samuel Costa, do R7 Rio