Manifestantes cobraram respostas do poder público
ReproduçãoUm ano após a queda de uma parte da ciclovia Tim Maia, manifestantes fizeram um ato na praia de São Conrado na manhã desta sexta-feira (21) para lembrar a tragédia e cobrar respostas do poder público. O acidente deixou dois mortos. Ao todo, 14 pessoas foram indiciadas por homicídio culposo pelo desabamento da estrutura.
Em março deste ano, o Crea-RJ (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro) recomendou o fechamento do trecho da da ciclovia entre São Conrado e o Leblon entre os meses de abril e agosto, quando ressacas são mais comuns na orla. O Crea sugeriu ainda que obras de reparação da estrutura sejam feitas nesse período, e que estudos hidrológicos aprofundem o conhecimento sobre as ondas no local.
Em 21 de abril de 2016, uma forte onda derrubou parte da ciclovia, que custou R$ 45 milhões, quatro meses após a inauguração. O acidente matou o engenheiro Eduardo Marinho de Albuquerque e o gari comunitário Ronaldo Severino da Silva.
Forte onda atingiu a ciclovia Tim Maia e derrubou parte da estrutura
Carlos Eduardo Cardoso/Agência O DiaCausas da tragédia
Uma onda de mais de quatro metros atingiu a bandeja da ciclovia, que foi derrubada enquanto os pedestres e ciclistas transitavam sobre ela. Segundo o Crea, o acidente aconteceu em razão do projeto não ter previsto que as ondas pudessem chegar à bandeja.
O Crea identificou falhas construtivas como a incompatibilidade de materiais na execução da obra, se considerado o ambiente agressivo em que ela foi erguida. A falha gerou fissuras em pilares, corrosão da estrutura metálica e problemas na junção das bandejas por onde passa a ciclovia.