Relatório feito pela prefeitura não apontava riscos na obra
Reprodução/Rede RecordUm relatório feito durante a construção da ciclovia Tim Maia, que liga os bairros do Leblon e São Conrado, na zona sul, não previa risco de ondas e ressacas. Segundo o documento feito em abril de 2015 pela Secretaria Municipal de Obras, alguns pontos da construção são considerados apenas “zona de respingo de maré”, principalmente na área da encosta.
Em outro trecho, o relatório diz que a estrutura não tinha riscos consideráveis. Os únicos riscos apontados eram em relação ao tráfego intenso de veículos, trabalho noturno nas encostas e sinalização.
A Prefeitura do Rio contratou uma perícia independente para investigar as causas do acidente e possíveis falhas na construção. Após a divulgação do laudo, que tem prazo de trinta dias para ficar pronto, o governo municipal deve se manifestar sobre o caso.
Na terça-feira (26), o MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) informou que abriu um inquérito para investigar a contratação do conjunto de empresas Concremat para a construção da ciclovia. Segundo o MP, um inquérito foi instaurado por meio da 8ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania para apurar possíveis atos de improbidade administrativa resultante da contratação feita pela Geo-Rio.
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A prefeitura também anunciou que as empresas do consórcio serão excluídas de todos os processos de contratação e licitação de obras de estrutura enquanto as responsabilidades técnicas do acidente forem apuradas. Os pagamentos destinados às empresas do grupo também foram retidos. Após as investigações, caso sejam provadas falhas na execução da obra, o grupo Concremat pode ser multado em até 20% do valor do contrato, cerca de R$ 9 milhões.
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