O estudante universitário Altamiro Lopes dos Santos, de 21 anos, é suspeito de agredir a namorada até a morte na noite de segunda-feira (9). O rapaz confessou o crime, de acordo com a polícia do Rio de Janeiro.
A jovem, de 22 anos, morava com o suspeito há pelo menos um ano e meio em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Patrícia Mitie Koike foi socorrida para o Hospital Geral da Posse, mas já chegou morta à unidade.
À DHBF (Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense), ele contou que a relação dos dois era conturbada e que haviam discutido na noite do crime em casa, no bairro da Luz. Após agredir a namorada, ele alegou que tentou socorrê-la, porém ela teria passado mal dentro do carro. O suspeito então parou em um posto de gasolina, segundo seu depoimento, para pedir ajuda.
Foram os frentistas que trabalhavam no local que acionaram os policiais do Batalhão de Mesquita (20º BPM), que faziam patrulhamento na área. Ao verem Patrícia desacordada no banco do carona, pensaram que ela já estava morta.
No Rio, 68 mulheres morreram vítimas de feminicídio em 2017
Quando a polícia chegou, Altamiro já havia saído do posto, mas o carro do casal foi alcançado a poucos metros do local, no Viaduto da rua Doutor Barros Júnior. Muito machucada, os policiais socorreram a menina para o Hospital da Posse, mas ela não resistiu.
Já o suspeito foi conduzido à DHBF, onde prestou depoimento e depois foi submetido à exames toxicológicos que não constataram uso de álcool ou drogas. A especializada da Polícia Civil está responsável pelo caso.
Altamiro e Patrícia se conheciam há, pelo menos, seis anos. Uma foto publicada em uma rede social mostra que os dois se conheciam desde o ensino médio, quando estudaram juntos.
Atualmente, ele cursava o 3º período de Medicina em uma universidade particular de Nova Iguaçu e ela frequentava um cursinho pré-vestibular para tentar vaga na mesma instituição.
O corpo da jovem permanece no IML (Instituto Médico Legal), porque a família de Patrícia mora no Japão e não há nenhum parente no Brasil que possa fazer o reconhecimento.
O carro do casal foi levado para a delegacia e deverá passar por perícia. Os investigadores também estiveram na casa onde Patrícia e Altamiro moravam, onde tudo estava revirado, segundo os policiais.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Raphael Hakime