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RJ: acúmulo de gás de esgoto causou explosão em conjunto habitacional 

Acidente deixou 5 mortos em abril; Polícia descartou vazamento de gás da CEG

Rio de Janeiro|Do R7

Acidente também deixou 14 feridos
Acidente também deixou 14 feridos Acidente também deixou 14 feridos

O delegado de Polícia da 40ª Delegacia de Polícia (DP), Fábio Pacífico, apresentou nesta quinta-feira (5), junto aos peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) os motivos para a explosão ocorrida há cerca de um mês no Conjunto Habitacional Fazenda Botafogo, em Coelho Neto, zona norte do Rio: os gases metano e sulfúrico, resultados de vazamentos de esgoto, se acumularam durante anos sob o conjunto habitacional e uma faísca fez com que houvesse a explosão. O acidente causou a morte de cinco pessoas e deixou outras 14 feridas.

Segundo o perito criminal do Instituto, Liu Tsun, embora o laudo não esteja pronto, todas as informações reunidas até o momento indicam para o acúmulo de gás proveniente do esgosto e não vazamento de tubulações da distribuidora CEG.

— Inclusive nós vimos muitas casas sem gás da CEG, mas com botijões. O que sabemos, até o momento, nos leva a crer que o motivo do acidente foi um acúmulo de gás metano, proveniente do esgoto no subsolo. Após 3 dias da explosão, nós retornamos ao conjunto e ainda era constatada a produção de gás metano, o que ilustra que o problema está no solo daquela área. Inclusive, se retornarmos hoje ainda estará emitindo, o que apresenta risco naquele local. Constatamos também que o apartamento 107 foi o gerador do ponto ígneo, isto é: onde ocorreu o início da explosão. Lá foi realizada uma obra que tampou a saída de ar do subsolo, o que foi preponderante para esse acúmulo e, consequentemente, a explosão.

Segundo o Delegado Fábio Pacífico, o foco da investigação a partir de agora é descobrir quem realizou a obra que obstruiu essa passagem de ar.

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— Já temos um mês de investigação, que inclusive já está sendo encaminhada ao Ministério Público e, a partir de hoje, esse é o nosso novo foco. A gente apenas sabe que essa obra foi feita porque muitos ratos e baratas estavam adentrando nas residências através dessa saída de ar e alguém resolveu tampar.

Questionado se este pode ser um caso sem culpado, Pacífico admitiu a possibilidade.

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— Sim. É um conjunto de erros: pode ter sido uma obra mal feita, ausência de técnicos e peritos na execução ou até mesmo irresponsabilidade de quem fez sem saber o que poderia causar. Temos que focar nessa questão, já que é praticamente certo que a CEG não tem responsabilidade no episódio. As tubulações da companhia sequer passavam no subsolo.

O perito legista do Instituto Médico Legal (IML), Luiz Carlos Prestes, relatou que o estado dos corpos atestam uma explosão vinda do subsolo. " É porque todos os mortos apresentam duas lesões em comum, que são hemorragia cerebral e traumatismo crâniocefálico. Isso se deu pela explosão ter vindo do chão e tê-los jogados contra o teto de suas casas, ocasionando o impacto.

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Relembre o caso

A explosão no condomínio aconteceu no fim da madrugada de 5 de abril e, além dos cinco mortos, deixou 14 feridos. O prédio onde houve a explosão tem 40 apartamentos e foi interditado, mas, segundo a Defesa Civil, não há riscos de desabamento.

Na época da explosão, o prefeito Eduardo Paes se reuniu com os moradores e anunciou que a refeitura fará obras emergenciais no edifício e pagará R$ 1 mil a cada família atingida. Enquanto durarem as intervenções, o município vai arcar com a hospedagem em hotel para os que não tiverem acolhimento de familiares.

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