O presídio de policiais militares do Rio de Janeiro voltou a apresentar irregularidades, segundo apontou fiscalização nesta terça-feira (10). O Presídio Vieira Ferreira Neto, em Niterói, região metropolitana do Rio, passou a abrigar PMs após a Justiça do Rio determinar o fechamento do BEP (Batalhão Especial Prisional), em Benfica, por tempo indeterminado.
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Segundo o juiz titular da VEP (Vara de Execuções Penais), Eduardo Oberg, foram apreendidos 15 celulares, 37 facas, uma churrasqueira elétrica, dois aparelhos de DVD piratas, R$ 5.000 em espécie e duas tendas. A maior parte do material irregular estava fora das celas, em espaços comuns do presídio.
No total, 122 celas foram revistadas. A vistoria realizada pela VEP e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, com apoio da Corregedoria Interna da Polícia Militar, durou cerca de cinco horas.
A Auditoria Militar vai propor a apuração das irregularidades junto à Corregedoria da PM. A operação mobilizou 140 homens.
O Presídio Vieira Ferreira Neto abriga hoje mais de 200 policiais militares que foram transferidos do antigo BEP. A unidade foi interditada no início de outubro após a juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza ser agredida por detentos durante vistoria surpresa.