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RJ: hospital de Saracuruna suspende atendimento para casos 'sem gravidade'

Segundo funcionários, unidade enfrenta falta de material e medicamentos

Rio de Janeiro|

Referência no atendimento de emergência na Baixada Fluminense, região pobre na periferia do Rio, o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, distrito de Duque de Caxias, fechou na madrugada desta terça-feira (22) para pacientes que não estejam em estado grave. A medida foi tomada por causa da crise econômica que atinge o Estado do Rio e que tem afetado o repasse de verbas para hospitais da rede de saúde estadual. Funcionários estão com salários atrasados e faltam medicamentos. A emergência para casos graves continua funcionando normalmente, assim como as internações.

O governo do Estado não esclareceu de quem foi a decisão de fechar o hospital - se da Secretaria Estadual de Saúde, se da direção da unidade ou se de funcionários inconformados com as precárias condições de atendimento.

De acordo com a secretaria, em mensagem eletrônica enviada ao jornal O Estado de S.Paulo, o " Hospital Estadual Adão Pereira Nunes está aberto", mas "o atendimento está restrito aos casos mais graves". "É importante deixar claro que os pacientes internados (...) permanecem recebendo assistência médica", informa a secretaria.

O pedreiro Sandro dos Santos, de 37 anos, foi um dos pacientes que não conseguiu atendimento nesta manhã . Ele estava com febre e mal estar.

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— Meu corpo dói muito e não sei o que tenho. Estou assim desde domingo e agora não consigo nem andar. A atendente do hospital me disse que eles não têm condições de me atender. Vou ter que voltar para casa.

Funcionários do hospital entregaram um papel para os jornalistas que estavam no local em que relataram faltar remédios básicos, como o analgésico Dipirona. Contaram ainda que só havia duas caixas de luvas para cada setor da unidade. "Está um caos", escreveram.

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Grávida de quatro meses, a cabeleireira Ana Paula da Silva, de 35 anos, foi orientada pelo hospital a comprar medicamentos que, segundo ela, costumavam ser dados pela unidade. Segundo ela, vários pacientes estão em macas, aglomerados nos corredores do hospital.

— Também disseram que não poderiam fazer exames, que era para procurar outra unidade. 

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