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Secretário de Segurança Pública do Rio diz que polícia está "sobrecarregada"

Beltrame voltou a cobrar ações sociais para evitar que jovens sejam cooptados pelo crime

Rio de Janeiro|

No dia seguinte da prisão de seis traficantes da maior facção do Rio de Janeiro, no Complexo do Chapadão (zona norte), o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, disse que a polícia está "sobrecarregada" e cobrou ações sociais para evitar principalmente que os jovens sejam cooptados pelo crime.

— A polícia nunca deu voto para ninguém.

Segundo afirmou Beltrame em entrevista ao RJ-TV, da Rede Globo, "infelizmente o Rio de Janeiro tem lugares onde há verdadeira guerra instalada".

O secretário cobrou dos governos ações efetivas de assistência social, geração de empregos e política para a juventude, entre outras.

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— Há uma inversão total da sequência dos fatos. Recai tudo na polícia. O Estado brasileiro perdeu a capacidade de seduzir as pessoas a não irem para o mundo do crime.

Beltrame também pediu transparência das instituições voltadas para ações sociais.

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— Agora todo mundo quer segurança, mas lá atrás não houve visão prospectiva. A nação tem que combater a violência. Nós abrimos nossos dados todos os dias para as pessoas verem o que fizemos de certo e de errado. No caso da assistência social, dizem que botou milhões de reais. E qual é o resultado disso? A polícia está sobrecarregada, mas fazendo seu trabalho.

Dirigindo-se a moradores de comunidades dominadas pelo crime e onde não há Unidades de Polícia Pacificadora, como o Complexo do Chapadão, Beltrame afirmou que a política de segurança será ampliada.

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— Gostaria de dirigir minha palavra e as ações da policia para pessoas que não sabem se vão voltar para casa, se poderão levar o filho à escola. Não há milagre para resolvermos um abandono de 40 anos. Mas estamos caminhando.

Beltrame voltou a defender mudanças no Estatuto do Desarmamento, para aumentar as penas para porte de armas exclusivas das Forças Armadas e de grande poder de fogo, como as que foram apreendidas com os traficantes presos na terça-feira (11). O secretário também disse ser fundamental o policiamento da fronteira, para evitar a entrada de armas e drogas.

Na terça-feira, o governador Luiz Fernando Pezão defendeu mudanças na lei que autoriza presos, inclusive de alta periculosidade, a deixarem a cadeia para visitarem a família. Dos seis presos, dois, inclusive o chefe, Ricardo Chaves de Castro Lima, o Fu da Mineira, fugiram quando visitavam a família, com autorização da Justiça.

— Um bandido condenado a 90 anos, como o Fu da Mineira, não pode receber esse tipo de benefício. A lei precisa ser revista.

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