Cinegrafista foi atingido por rojão durante protesto no Rio
BBC BrasilO ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), arquivou pedido de habeas corpus aos acusados pela morte do cinegrafista Santiago de Andrade durante manifestação próxima à Central do Brasil em fevereiro do ano passado.
Celso de Mello julgou o pedido inviável. Ele se baseou no entendimento de que não cabe esse tipo de recurso ao STF para questionar decisão proferida por ministro de outro Tribunal Superior – no caso, o STJ (Superior Tribunal de Justiça).
— A análise dos presentes autos evidencia que não se registra, na espécie, situação de flagrante ilegalidade ou de abuso de poder.
O recurso foi apresentado pela defesa de Fábio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza, que estão presos, acusados de terem acendido o rojão que provocou a morte de Santiago. Eles respondem por homicídio triplamente qualificado — motivo torpe, uso de explosivo e mediante recurso que tornou impossível a defesa da vítima.
No dia do protesto na Central do Brasil, em 6 de fevereiro, Caio e Fábio posicionaram o rojão no chão, próximo a um canteiro, e o acenderam. O artefato atingiu Santiago, que sofreu fratura do crânio e teve morte cerebral em 10 de fevereiro.