Suspeita foi presa no Ceará e contou como quadrilha agia
Reprodução/Rede RecordUma suspeita de aplicar golpes contra idosos em agências bancárias do Rio foi presa no Ceará. Regina Andrea Negreiros, conhecia como Branca, foi detida e vai responder por organização criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro. Segundo a Polícia Civil do Ceará, a loira do crime fazia parte de uma quadrilha que atuava no município de Itapipoca.
Na delegacia, a suspeita negou, inicialmente, os crimes. Mas após duas horas de conversa com os policiais, ela revelou como a quadrilha atuava.
— Começou com cheques clonados. Aí, desse cheque, que vem de estelionato, começava a ter imóveis, aí a gente começou a “indiciar” muito documento falso também. Usava os documentos e depois a própria pessoa que vendia os documentos ia fazer B.O. [boletim de ocorrência] como se tivesse perdido. Aí foram mais de 2.000 acusações.
A quadrilha tinha ramificações em cidades vizinhas ao município principal onde atuavam. Os documentos dos moradores de Itapipoca eram levados pelo grupo para o Rio e para São Paulo, onde os golpes eram aplicados. Com esse dinheiro, os suspeitos compravam carros e apartamentos de luxo.
Segundo o delegado que cuidou das investigações no Ceará, a quadrilha era composta por cerca de 100 pessoas, mas já foi desmantelada. Os bens dos integrantes que já foram presos e indiciados, incluindo mansões e apartamentos, também foram apreendidos.
Quando começou a aplicar golpes em idosos no Rio, Regina estava cumprindo prisão semi-aberta. Ela se juntou com a amiga Maria Regilaine, a Laninha, veio para a cidade e passou a atuar em agências bancárias.
Imagens do circuito interno de segurança de um banco mostram Regina atuando em uma agência do Rio. No vídeo, ela insere um equipamento para prender os cartões nos caixas eletrônicos dos bancos. Em seguida, ela simula estar ajudando um senhor que tenta fazer uma operação no caixa fraudado.
Laninha e Branca praticavam o golpe principalmente contra idosos. Elas ofereciam o telefone para a vítima que pensava estar falando com a ouvidoria, para resolver o problema do cartão retido, mas na verdade, quem estava do outro lado da linha era um comparsa das loiras.
No mês passado, agentes da delegacia da Gávea (15ª DP), prenderam Laninha em uma agência no Jardim Botânico. Na bolsa dela, eles encontraram o kit usado para aplicar o golpe, com uma estrutura plástica e uma cola. Em um mês, as duas conseguiram enganar ao menos cinco pessoas e levar cerca de R$ 20 mil.
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