Um capitão da Marinha do Brasil, de 36 anos, está preso desde o dia 19 de julho por suspeita de estupro. De acordo com a Polícia Civil, um teste feito com guimbas de cigarro e com os vestígios de sangue encontrados no local do crime atestou a compatibilidade do DNA do suspeito.
O crime aconteceu há cinco meses em um condomínio de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Em depoimento, a vítima contou que um homem encapuzado e armado entrou em seu apartamento pela sacada e tentou sufocá-la com um pano na boca. Ela disse ainda que, a todo mundo, era ameaçada de morte.
Na tentativa de parar o abuso sexual, a mulher mordeu a mão do suspeito, que deixou o armamento cair na cama. Em posse da arma, a vítima afirmou que bateu no agressor e que o mesmo conseguiu fugir do apartamento.
Assustada, a mulher pediu ajuda ao porteiro e compartilhou o ocorrido em um grupo do condomínio. O militar foi o primeiro a se prontificar em ajudar, porém, ao deixá-lo entrar no apartamento, a vítima achou estranho o fato do capitão da Marinha resgatar o carregador da arma que caiu durante a luta corporal. Neste momento, a mulher teria reconhecido a voz do agressor.
Ao ser chamado para prestar esclarecimentos, o capitão da Marinha negou o crime. Mas, por ser fumante, o suspeito deixou cair próximo à DEAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Jacarepaguá guimbas de cigarro, que foram usadas para testar a compatibilidade do DNA com o sangue encontrado no local do crime.
Em nota, a Marinha do Brasil informou que “não é possível especificar que tipo de punição será dada ao militar, pela Marinha, caso seja condenado em última instância, e qual o prazo de permanência dele no PM”. O documento informa ainda que “a Marinha está colaborando com as autoridades policiais, tendo, inclusive, afastado o militar temporariamente do Serviço Ativo da Marinha, desde 19 de julho de 2018”.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Leonardo Martins