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Tiroteio deixa PM ferido e leva pânico a moradores da Rocinha 

Confronto já dura mais de três horas; Policiais do Comando de Operações Especiais foram recebidos a tiros por criminosos

Rio de Janeiro|Jaqueline Suarez, do R7

"1% das cápsulas de balas que estão na minha casa", diz morador
"1% das cápsulas de balas que estão na minha casa", diz morador "1% das cápsulas de balas que estão na minha casa", diz morador

Uma intensa troca de tiros voltou a ser registrada na Rocinha, zona sul do Rio, nesta quinta-feira (25). Além dos disparos, moradores dizem estar ouvindo som de diversas explosões de granada na parte baixa da comunidade. Policiais do COE (Comando de Operações Especiais) estão operando na favela. O confronto deixou um PM baleado.

O tiroteio, que teve início por volta das 9h30, já dura mais de três horas. A base da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) chegou a ser atingida por tiros, durante o confronto entre policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e criminosos.

Um policial foi atingido no abdômen e socorrido para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea. Ainda não há informações sobre as circunstâncias em que ele foi ferido. O estado de saúde do PM, segundo informações iniciais, é estável. 

O Centro de Operações pede que os motoristas evitem a área no entono da Rocinha, incluindo as estradas da Gávea e a Lagoa-Barra, por conta de possíveis interdições.

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As ações policiais na favela da Rocinha teve início em setembro do ano passado. Desde então, o policiamento foi reforçado com um efetivo de 550 PMs e incursões são realizadas quase diariamente. Mesmo após a prisão de Rogério 157, ex-chefe do tráfico de drogas no local, os confrontos entre policiais e criminosos continuou. 

Reféns do medo

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No meio da linha de tiro, os moradores usam as redes sociais para se comunicar sobre o que está ocorrendo na Rocinha. São relatos que demonstram a insegurança cotidiana vivida por quem mora na comunidade.

“Se não tiver tiro pelo menos um dia na semana, não é Rocinha. Tá difícil morar aqui desse jeito!” contou uma jovem.

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Nas mensagens, o desejo de deixar a Rocinha por medo da violência se repete. Em uma publicação no Facebook, um morador conta que diversos disparos atingiram sua casa, inclusive o quarto do seu filho que está prestes a nascer.

“Na minha mão, 1% das cápsulas de balas que estão na minha casa e no fundo o berço do meu filho que está prestes a nascer! Eu não consigo entender o porque disso tudo, porque estamos em guerra, porque só nós que somos moradores sofremos com tudo isso... Sinceramente queria sair daqui, sim sou cria da Rocinha, amo minha comunidade, mas não dá mais, não tem condições de viver aqui!

São trabalhadores que não podem sair de casa, são crianças que não podem brincar na rua, são idosos como meu avô que teve que descer correndo para casa em meio a todo esses tiros, enfim, nós MORADORES só sofremos com tudo isso. Viramos refém do medo e do desespero”, desabafou. 

Serviços interrompidos

Além do confronto, os moradores também são prejudicados pela falta de água e energia elétrica que atinge alguns pontos da comunidade. Em nota, a Light informou que as equipes só serão enviadas à comunidade quando houver garantia de segurança.

“A Light recebeu ocorrências de interrupção de energia para a Rocinha. No entanto, no momento, devido a conflitos, equipes não podem acessar o local. A Light só entrará nas comunidades em condições de segurança”, informou a concessionária.

Já a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio), disse que uma equipe irá ainda hoje ao local verificar a rede.

*Sob supervisão de PH Rosa

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