Transportar Celsinho da Vila Vintém para o Rio pode ter custado R$ 20 mil
Reprodução/Rede RecordA vinda do traficantes Fernandinho Beira-Mar e de Celsinho da Vila Vintém para o Rio pode ter custado R$ 40 mil aos cofres públicos. Embora os gastos com a escolta dos presos tenham sido mantidos em sigilo, estima-se que o valor para o transporte de cada detido seja superior a R$ 20 mil.
O traficante da Vila Vintém veio ao Rio para participar, como testemunha de defesa, do julgamento de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. Ele recebeu pena de 120 anos pela morte de quatro pessoas em uma rebelião, ocorrida em setembro de 2002, no presídio de segurança máxima Bangu I. Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê, foi um dos assassinados.
Celsinho estava detido no presídio federal de Catanduvas, no Paraná, e desembarcou no fim da tarde de terça-feira (12) no Aeroporto Internacional do Rio, em um voo comercial. Ele foi escoltado por agentes federais e foi levado, de helicóptero, para o presídio de Bangu. O criminoso é o único sobrevivente da execução liderada por Beira-Mar.
Apesar dos riscos para a segurança pública e dos custos no transporte de presos considerados perigosos, a lei exige a presença do réu submetido a júri popular. O vice-presidente da Comissão de Direito Penal da OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil), Yuri Sahione Pugliese, informou que, nesse caso, a aplicação da videoconferência pode vir a anular o julgamento.
— É importante, como exercício do direito de defesa, que o acusado se faça presente, que ele possa passar uma empatia para os jurados, que os jurados possam analisar a pessoa do réu e ouvir em viva voz o que ele está expondo no interrogatório dele; acompanhar a postura dele durante o julgamento. Todos esses detalhes, no âmbito das relações interpessoais, podem influenciar uma decisão do jurado na hora em que ele for responder certos tipos de quesitos.
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